O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), defendeu nesta quarta-feira (7) que o governo do Estado busque novas fontes de financiamento para a Saúde.
O parlamentar defende que o Legislativo e o Executivo promovam diálogos com a classe produtora para avaliar a possibilidade de alteração do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) e assim permitir que parte do dinheiro arrecadado seja destinadá ao setor, que vive uma grave crise.
Assim, municípios e Estados atuariam em conjunto para atender as demandas do SUS (Sistema Único de Saúde), o que envolve procedimentos de atendimentos médicos, cirúrgicos e baixa e alta complexidade.
“Uma proposta que pode ser feita é destinar 80% do valor para estradas, 15% para a saúde pública e 5% para a habitação. Assim atenderemos as demandas das prefeituras para ampliar a estrutura de atendimento da Saúde pública. Isso depende de muito diálogo e disposição política, o que não falta ao Governo e ao Legislativo”, disse.
Nas últimas semanas, o Governo foi obrigado a remanejar dinheiro destinado a folha de pagamento do funcionalismo público para pagar uma dívida de R$ 162 milhões com os Municípios na área da saúde.
“Educação, Saúde e Segurança são prioridades da administração pública. Sabemos das dificuldades que o Estado enfrenta com Saúde pública, cujas demandas crescem a cada dia. Tenho certeza que o setor do agronegócio pode perfeitamente contribuir por meio de um amplo diálogo com todos os segmentos envolvidos”, afirmou.
Criado em 2000 na gestão do ex-governador Dante de Oliveira, o Fethab é a contribuição destinada a financiar o planejamento, a execução, o acompanhamento e avaliação de obras e serviços de transportes e habitação em todo o território mato-grossense.
Em 2016, o governador Pedro Taques (PSDB) introduziu alterações que permitem ao Estado uma arrecadação anual de até R$ 950 milhões.
Atualmente o valor arrecadado é dividido em 50% para uso do Governo e os outros 50% (chamado de Fethab Rural) são destinados para as 141 prefeituras e devem ser investidos na melhoria das rotas de transporte escolar, habitação, saneamento, mobilidade urbana.
A cada quatro meses, os municípios se comprometem a prestar contas do dinheiro recebido pelo Estado.
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