05 de Outubro de 2024

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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 10:17 - A | A

Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 10h:17 - A | A

PRAGA

Ministério da Agricultura quer priorizar controle de doença do cacau

Redação

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, informou a secretários do Consórcio da Amazônia Legal que a prioridade da pasta é combater e controlar a doença monilíase do cacaueiro (moniliophthora roreri).

“Nossa expectativa é conter a dispersão até que a pesquisa e a ciência desenvolvam um protocolo de manejo adequado. Caso o fungo se espalhe, estaremos preparados para conviver com ele, evitando que ocorra o que aconteceu com a vassoura-de-bruxa no sul da Bahia, anos atrás”, afirmou Goulart, em reunião com os secretários do Consórcio da Amazônia Legal, região produtiva da amêndoa.

De acordo com o secretário, o controle da praga é feito em conjunto com os órgãos de defesa agropecuária estaduais.

 

“A monilíase é um fungo que leva anos para ser erradicado. O trabalho cooperativo realizado no Acre é um exemplo a ser seguido, pois é essencial para controlar essa doença e proteger os produtores de cacau e cupuaçu do Acre e de todo o Brasil”, disse Goulart na reunião.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também presente no encontro, destacou que o país é “eficiente” em resolver questões sanitárias. “Estamos comprometidos com o combate à monilíase para proteger nossos produtores e produtoras”, acrescentou o ministro.

A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero theobroma, como o cacau (theobroma cacao L.) e o cupuaçu (theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

O país está em estado de emergência fitossanitária de 5 de agosto até o mesmo mês de 2025, decretado pelo ministério, em virtude da doença. O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

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Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez em comunidades rurais ribeirinhas. Conforme o Ministério da Agricultura, na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.

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