O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços em forte alta ao longo desta semana. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo.
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Isso acontece por conta da posição ainda desconfortável das escalas de abate. “Mesmo nesse ambiente de oferta mais restrita, os frigoríficos não trabalham com maior ociosidade; o
abate no mês de agosto sinaliza essa tendência”, afirmou.
De acordo com ele, a grande variável para justificar o acelerado movimento de alta está nas questões que envolvem a demanda, em particular a voltada à exportação, com “volumes impressionantes de carne bovina embarcados na atual temporada”.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 619 milhões em setembro (10 dias úteis), com média diária de US$ 61,9 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A quantidade total exportada pelo país chegou a 139,185 mil toneladas, com média diária de 13,918 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.447,40.
Segundo o órgão, em relação a setembro de 2023, houve alta de 39,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 42,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 2,0% no preço médio.