Fiscais do Indea destinaram uma carga de 38 peças de carcaças de carne bovina imprópria para consumo para condenação total, por não possuir condições sanitárias adequadas. A mercadoria tinha saído de Mato Grosso para entrar de forma irregular no estado de Rondônia.
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A carga tinha saído de um frigorífico em Juína (745 km a Noroeste) e seguia para Porto Velho (RO). Contudo, fiscais da Defesa Agropecuária de Rondônia (Idaron) interceptaram o caminhão, às 3h30 de quinta-feira (16).
Foram checadas duas irregularidades: a carga que estava no documento não correspondia à transportada e só poderia ser comercializada dentro do Estado de Mato Grosso, pois tem apenas inspeção estadual e não a federal.
Além disso, a nota fiscal informava que estavam sendo transportados 308 sacos de 23 quilos cada um de produto não comestível de gordura congelada de bovinos. No entanto, quando verificaram a carga, tratava-se de miúdos bovinos e carcaça (carne e ossos) de 17 peças de ponta de agulha, 10 peças quarto dianteiro e 11 peças quarto traseiro.
Os fiscais de Rondônia fizeram retorno à origem, comunicando ao Indea. Quando o caminhão chegou na sexta-feira (17) em Juína, os fiscais do Indea fizeram a inspeção nos produtos transportados e constataram alterações sensoriais na carne resfriada (temperatura elevada e o cheiro de carne estragada).
Conforme o parecer técnico, as carcaças não poderiam ser consumidas e foram para graxaria do frigorífico para destruição. Quanto aos miúdos, como não foi verificada qualquer alteração e estavam embalados de forma apropriada, foram liberados para o consumo.
O Indea está investigando administrativamente a ocorrência para apuração dos possíveis responsáveis.