02 de Dezembro de 2024

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CIDADES Sexta-feira, 24 de Setembro de 2021, 09:02 - A | A

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LEVADA PELO PAI

Criança é encontrada em Recife após três anos desaparecida

Mídia News

Uma criança de cinco anos, que estava desaparecida após ser levada pelo pai em 2019, foi encontrada em Recife (PE) no início do mês pela gestora de um abrigo de moradores em situação de rua. 

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De acordo com a Defensoria Pública, o pai, identificado como L.B., desapareceu com a criança após se separar de Jucélia da Silva, de 34 anos. 

A menina morava com a mãe em Sinop (a 503 km de Cuiabá). Em 15 de janeiro, L.B. foi buscá-la para irem comprar roupas novas. Sem desconfiar do que poderia aconter, Jucélia autorizou o passeio, já que na época eles tinham a guarda compartilhada.

No entanto, o pai e a menina desapareceram por três anos, sem que Jucélia soubesse da localização deles. Desde então, a mulher não soube em quais circustância a criança estava vivendo. 

 
 

Há relatos de que ela e o pai chegaram a morar em Rondônia. 

A criança agora está em casa se adaptando à família – padrasto e uma irmã de seis anos de outra união.

A mãe afirma que a filha está magra, agressiva e arredia. E que tem intenção de buscar ajuda médica e psicológica para investigar o que ela deve ter passado durante os dois anos e oito meses em que esteve em situação incerta, com o pai.

“Foi a maior felicidade do mundo quando a defensora me avisou que ela estava lá em Recife e eu ia poder buscar minha filha. Eu nem acreditei, apesar de nunca ter perdido a esperança de encontrá-la, eu fiquei meio boba. Estou grávida de cinco meses e ela e a minha outra filha estão lá, com ciúmes uma da outra, me disputando como mãe. Estou feliz e agora é cuidar dela”, disse.

Processo 

O caso foi registrado em Sinop, em boletim de ocorrência, no dia 22 de janeiro de 2019, como “caso atípico”, uma semana depois que o ex-companheiro de Jucélia sumiu.

A dona de casa procurou a Defensoria Pública e, à época, o defensor Glauber da Silva entrou com pedido de tutela provisória de urgência de busca e apreensão em favor da mãe. No mesmo dia, 25 de fevereiro de 2019, o juiz da Vara de Sucessões e Família de Sinop, Gleidson Barbosa, determinou que a criança fosse devolvida para a mãe.

Relacionamento 

Jucélia morou por três meses com L.B. e ao final desse período, decidiu se separar, mesmo grávida. Ela afirma que ele batia na filha dela, à época, com quatro anos.

“Eu tenho um menino de 18, uma menina de 15 e tinha essa, que quando fui morar com ele, tinha quatro anos. Os meus filhos mais velhos me contaram que ele, quando ficava sozinho com a menor, batia nela, a maltratava por causa da cor dela, ela é bem escura, e isso me fez desistir de continuar”, conta.

Jucélia diz que sempre foi dona de casa e que o ex-companheiro, dizia trabalhar como caminhoneiro. Após o nascimento da filha, ambos disputaram a guarda dela na Justiça e, por um acordo, em março de 2018, ficou estabelecida a guarda compartilhada. Ela ficava com a filha durante a semana e ele, nos finais de semana.

“No processo da guarda, primeiro o juiz a deu pra ele, pois ele alegou que eu bebia e que não cuidava dela. Depois, provei que era mentira e fizemos um acordo, concordamos dela ficar comigo durante a semana e com ele nos finais de semana. Quando ele foi lá, no meio da semana, pedindo para comprar roupas para ela, eu não desconfiei, entreguei ela de boa fé, jamais imaginei que ele iria desaparecer com minha filha, sumindo sem dar notícias”.

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