Em levantamento publicado nesta terça-feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no terceiro trimestre do ano, em comparação ao segundo, o estado de Mato Grosso registrou uma pequena queda na taxa de desocupação da população. Além de Mato Grosso, apenas outros três estados tiveram o mesmo resultado positivo: São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
De abril a junho de 2019, a taxa de desocupação no estado era de 8,3 e passou a 8,0 entre julho e setembro. Entretanto, considerando o mesmo trimestre do ano anterior, o saldo é negativo. Nessa comparação, a taxa de desocupação subiu 1,3 pontos e Mato Grosso registrou a segunda pior variação do país, ficando atrás apenas de Goiás, com 1,9.
A pesquisa ainda aponta que 14,5% da população mato-grossense encontrava-se em situação de subutilização da força de trabalho no terceiro trimestre, percentual menor que o registrado no trimestre anterior (15,8). O número de desalentados, entretanto, subiu. Eram 30 mil entre abril e junho e passaram a 36 mil entre julho e setembro.
Além disso, a pesquisa mostra que 30 mil pessoas deixaram de trabalhar por conta própria de um trimestre para o outro; eram 467 mil e passaram a 437 mil.
Brasil tem 3,2 milhões de pessoas procurando trabalho há dois anos ou mais
Num cenário nacional, em relação ao tempo de procura, no 3º trimestre de 2019, 46,9% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho. Entre 2012 e 2015, houve redução da proporção de desocupados que buscavam trabalho há 2 anos ou mais. Contudo, a partir de 2016, esse contingente apresentou crescimentos sucessivos, atingindo o maior percentual (25,6%) no 3º trimestre de 2018 e decrescendo para 25,2% no 3° trimestre de 2019.
Em números absolutos, 1,8 milhão de desocupados buscavam trabalho há menos de um mês, enquanto 3,2 milhões procuravam uma ocupação há 2 anos ou mais.