01 de Junho de 2025

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CIDADES Segunda-feira, 13 de Junho de 2022, 09:38 - A | A

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EDUCAÇÃO

Militarização da escola Presidente Medici transforma realidade de alunos e professores

Escola foi fundada em 1975 e chegou a ser conhecido pelo quadro de violência, hoje, apresenta uma realidade totalmente diferente

Regina Botelho Da Redação

Uma das unidades de ensino mais problemáticas da Capital, onde brigas entre estudantes eram constantes, hoje vive uma nova realidade. Trata-se da Presidente Médici, uma das mais tradicionais de Cuiabá, que foi transformada em escola militar, gerida pelo Corpo de Bombeiros.  A disciplina é um dos pontos predominantes na nova diretriz de ensino, que vem se traduzindo na melhoria da qualidade de aprendizagem dos alunos.

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A escola foi fundada em 1975 e chegou a ser conhecido pelo quadro de violência, hoje, apresenta uma realidade totalmente diferente devido ao desenvolvimento de iniciativas inovadoras e projetos que incluem apoio ao aluno, núcleo familiar e comunidade. Com mais de 1,6 mil alunos, do sétimo ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio, a escola abriga um dos maiores colégios eleitorais de Cuiabá.

As escolas militares estaduais começaram a se popularizar em Mato Grosso no ano de 2016, e a escola Presidente Médici é uma das mais recentes unidades a serem administrada pelos militares.

O governo também decidiu mudar o nome da escola, de Presidente Médici para 'Escola Estadual Militar Dom Pedro II Presidente Médici'. Segundo a Seduc, por passar a ser uma gestão dos bombeiros, a unidade escolar deveria mudar o nome para Dom Pedro II, uma identificação de que é uma escola administrada pelo Corpo de Bombeiros.

Mato Grosso conta com 22 escolas militares e a meta do Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e fechar o ano com um crescimento considerável destas unidades e o resultado da militarização de algumas unidades de ensino já estão aparecendo. Para se ter ideia, a Escola Estadual da Polícia Militar Tiradentes Soldado PM Adriana Morais Ramos, de Lucas do Rio Verde, que obteve 7,1 nos Anos Finais do Ensino Fundamental. A mesma nota foi alcançada pela Escola Estadual da PM Cabo Israel Wesley Prado de Almeida, de Juara.

A EE Tiradentes de Cuiabá, obteve o índice de 6,4, o maior das escolas estaduais da Capital. Enquanto a média estadual no Ideb, para os Anos Finais do Ensino Fundamental foi de 4,5, a menor nota nas escolas militares foi de 6,4.

Na avaliação do Ensino Médio as escolas militares também se destacam. Enquanto a média estadual no Ideb foi de 3,4, nas escolas militares foi de 4,9 a 6,2.

PROTESTOS E ELOGIOS

Como era esperado, a militarização das escolas tiveram apoio de alguns e protestos de outros. No caso do colégio Presidente Médici, logo após a transformação da unidade, houve até mesmo mobilização de alunos, contra a rigidez imposta, por exemplo, no horário da entrada das aulas.

Hoje, a questão do horário está pacificada, mas ainda há aqueles que preferiam o método tradicional, quando, segundo eles, tinham mais liberdade. É o que afirma o estudante Carlos Silva, que é contra a militarização da unidade de ensino.

“Hoje é tudo muito rígido, não temos tanta liberdade. Antigamente podíamos nos relacionar melhor com os amigos sem tanta fiscalização, vamos dizer assim”, queixou-se o aluno.

Por outro lado, há aqueles que veem um avanço na militarização, principalmente na qualidade do ensino, como aponta Maria Silva.

“Hoje ficou mais fácil assistir as aulas, acabou aquela bagunça dentro da sala de aula, o professor pode explicar melhora as matérias, melhorou muito, sem dúvida”, elogiou.

A militarização também foi bem vista por moradores vizinhos ao Mèdici, que constantemente viam brigas e algazarras por parte dos estudantes, fato este que não existe mais.

“Agora há organização. Antes víamos brigas de alunos, uma agarração de namoradores, coisas constrangedoras. Agora não, ficou tudo uma tranquilidade. Foi a melhor coisa que poderia acontecer”, pontuou a moradora dona Conceição Silva, ao elogiar a militarização do Médici.

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