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CIDADES Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 13:50 - A | A

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BIOCIÊNCIA

Pesquisa da UFMT utiliza microorganismos de plantas para retirar mercúrio do solo

Assessoria

Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) identificou uma método para tratar solos contaminados com mercúrio. Nomeado de biorremediação, o procedimento utilizar microorganismos presentes em vegetais retirada de resíduos tóxicos do solo.

“Os microrganismos encontrados nas plantas permitem que elas absorvam o mercúrio do solo e o acumulem dentro delas. Depois essas plantas podem ser retiradas e levadas para incineração, acabando com a contaminação por mercúrio”, afirma o professor que coordena a pesquisa, Marcos Antônio Soares.

Quando contamina o solo, o mercúrio pode chegar a populações humanas pela cadeia alimentar e causar graves danos à saúde. O processo de biorremediação testado na pesquisa oferece uma solução para resolver o problema.

O processo também é mais viável do que outros métodos utilizados para remediar contaminações por mercúrio, que exigem a retirada de grandes quantidades de solo para tratamento. “Sai muito mais fácil e mais barato coletar plantas, transportar e incinerar do que fazer isso com toneladas de solo. O que temos hoje é uma proposta de solucionar esse problema ambiental de uma forma economicamente viável”, completa o pesquisador

Os microrganismos que possibilitam o processo de biorremediação foram identificados em plantas que cresciam em áreas do Pantanal que costumavam ser usadas para mineração de ouro décadas atrás, e estavam contaminadas por mercúrio desde então.

“Fomos até o local e verificamos que haviam duas plantas ali que cresciam muito, então resistiam ao mercúrio. Trouxemos essas plantas para o laboratório e conseguimos isolar delas fungos e bactérias que possibilitavam essa resistência ao mercúrio nas plantas”, conta o professor Marcos.

Além do professor coordenador, o processo da pesquisa contou com estudantes de Graduação, Mestrado e Doutorado e com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

(Com informações da UFMT)

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