O Parque indígena do Xingu, localizado a nordeste do estado de Mato Grosso, tem enfrentado uma série de incêndios em 2019. Este ano, o Parque enfrenta uma das piores secas da história, sem ocorrência de chuvas significativas na região há 170 dias.
Com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal (PF), Serviço Florestal Norte-americano e Instituto Socioambiental (ISA), o Ibama montou uma força-tarefa para combater 14 incêndios localizados na região. Ao todo, 130 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama se juntaram a peritos brasileiros e norte-americanos para tentar conter as chamas. Além dos incêndios no Xingu, desde o início da operação foram detectados dois na Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu e um na Terra Indígena Wawi. Do total de incêndios, cinco já foram controlados ou extintos e outros cinco estão em combate, enquanto quatro incêndios aguardam reforços ou logística para realização das primeiras ações de combate. “Nos próximos dias não há previsão de mudança das condições meteorológicas e o risco de fogo deve permanecer crítico”, afirma Yugo Marcelo, coordenador do Prevfogo em Mato Grosso.
Equipes de peritos e fiscais formados por servidores do Ibama, PF e especialistas norte-americanos trabalham para identificar e responsabilizar os causadores desses incêndios. Um Agente Ambiental de Fiscalização do Instituto acompanha os trabalhos para aplicação dos autos de infração aos responsáveis que forem identificados.
Com a floresta seca, os incêndios têm se propagado com intensidade acima da média para florestas tropicais. As atividades de prevenção que vêm sendo implementadas desde abril deste ano asseguraram um dos melhores resultados dos últimos tempos, com menos de 2% da área queimada até o momento.
A equipe de brigadistas recebeu reforços do Prevfogo do Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia. Os combates seguem ininterruptamente até que caiam as primeiras chuvas. Ao todo, 205 brigadistas do Prevfogo foram contratados em Mato Grosso este ano, além de chefes de esquadrões, chefes de brigadas e gerentes do fogo. Nesta temporada de incêndios florestais, os combates ocorrem nas Terras Indígenas do Escondido, Paresi, Utuariti, Juininha, Figueiras, Rio Formoso, Estivadinho, Bakairi, Santana, Sararé, Tirecatinga, Menkü, Maraiwatsede, Pequizal do Naruvôtu e Parque Indígena do Xingu.