A construção dos viadutos da avenida das Torres e da Beira Rio, em Cuiabá, devem gerar desapropriações, segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). Além disto, a pasta ainda estuda intervenções de engenharia que serão feitas de forma complementar para que o trânsito flua adequadamente com o elevado.
“Quando saiu o financiamento, a Semob indicou a Sérgio Motta, que era um problema crítico de Cuiabá e a avenida das Torres. São lugares que precisam de intervenção urgente. As rotas de desvios, algumas delas deverão sofrer alguma desapropriação e este processo é demorado. Estamos mexendo na avenida das Torres e em algumas outras intervenções de engenharia que serão feitas”, disse o secretário ao Olhar Direto.
Antenor ainda explica que estas obras são de suma importância para a Capital. Isso porque, daqui a alguns anos, outros lugares precisarão de novas obras, já que o número de veículos trafegando por Cuiabá aumenta a cada ano.
“Estes dois viadutos foram um grande avanço do nosso maestro Emanuel Pinheiro. O Estado demorou vários anos para fazer aqueles da Copa, o nosso já está em andamento em tão pouco tempo. Daqui dez ou 15 anos, alguns lugares em que foram feitas intervenções ficarão ultrapassados. Já nota-se isto nas obras da Copa”, acrescentou Antenor.
O projeto da avenida das Torres está mais avançado que o da Beira Rio. O projeto está na parte de escavação e existe uma parte que, provavelmente, terá de ser desapropriada.
Viaduto Avenida Das Torres
A estrutura terá 200 metros de comprimento, 18 metros de largura, e será levantada no entroncamento com a Avenida Érico Preza (Av. Itália). A obra recebe um investimento de R$ 16.340.726,63 será o primeiro viaduto a ser construído pelo próprio Município. Os trabalhos serão fiscalizados pela Secretaria de Obras Públicas e executados pelo Consórcio LR.
A edificação leva o nome do ex-vereador por Cuiabá, José Maria Barbosa, o Juca do Guaraná. Falecido em julho de 2018, Juca fez um mandato marcante na Câmara Municipal, na legislatura de 2008 a 2012. Em sua passagem pela política, prestou grande colaboração para o desenvolvimento do município, principalmente com ações voltadas para a área social.
Além da trajetória política, também se destacou no campo comercial. Em Cuiabá, fundou quatro empresas, sendo seu primeiro comércio criado em 1977 e popularmente conhecido como ‘Bulicho do Juca’. A segunda foi a ‘Guaraná do Juca’, que o consagrou como referência de qualidade no estado. Anos depois, fundou mais duas onde ingressou no ramo de transportes e minério.
Viaduto Beira Rio
As obras do viaduto na Avenida Manoel José de Arruda, conhecida como Avenida Beira Rio seguem em sua fase burocrática, com estudo topográfico finalizado e obtenção das licenças necessárias para execução da obra. De acordo com estudos de viabilidade realizados para a implantação do viaduto, a intervenção pontual na Beira Rio deve duplicar a capacidade do cruzamento, atendendo de forma direta 9 mil pessoas por hora/pico e, indiretamente, 145 mil habitantes do entorno.
O viaduto levará o nome do ex-prefeito de Várzea Grande e ex-deputado federal por Mato Grosso, Murilo Domingos, falecido em abril deste ano, aos 78 anos. Além da atuação política e também na área comercial, Murilo Domingos exerceu ainda um fundamental papel no campo ambiental. Em sua trajetória, foi uma das primeiras lideranças políticas a levantar discussões e a promover ações concretas de preservação do Rio Cuiabá. Por meio do seu projeto “Salve o peixe, Salve o Rio”, ajudou a repovoar o Rio Cuiabá e seus afluentes com a soltura de mais de 5 milhões de filhotes de peixes.