11 de Julho de 2025

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

GERAL Sexta-feira, 30 de Agosto de 2019, 16:40 - A | A

Sexta-feira, 30 de Agosto de 2019, 16h:40 - A | A

REDUÇÃO PREJUÍZOS

Estado tenta manter "imagem limpa" no exterior e prorroga proibição às queimadas até 30 de novembro

Folha Max

Na berlinda desde que o desmatamento e queimadas na Amazônia Legal tomaram as manchetes do mundo, o governador Mauro Mendes (DEM) prorrogou até o dia 30 de novembro a proibição das queimadas. A medida visa se distanciar da imagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos olhos dos países importadores de produtos mato-grossenses.

Assim, ele também suspendeu a autorização para desmates legais em todo o território de Mato Grosso pelo mesmo prazo. O decreto deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado ainda nesta sexta-feira (30).

  
 

O chefe do Executivo divulgou que o Estado tem atuado para reduzir os índices de desmatamento e combater as queimadas, especialmente nos meses de estiagem. Diversas operações têm sido realizadas simultaneamente no Estado.

Equipes multidisciplinares compostas por homens e mulheres da Secretaria de Estado de Meioproi Ambiente (Sema), Batalhão de Polícia Ambiental Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) são responsáveis pelas ações. Foram aplicadas mais de R$ 60 milhões em multas em todo o Estado somente no prazo de uma semana. Todas por crime ambiental.

“Uso de todos os meios para combater o desmatamento ilegal. Vamos mostrar que o nosso Estado está completamente alinhado com aquilo que pensa o mundo em relação à questão ambiental”, frisou Mauro Mendes.

Ele teve uma semana intensa de idas e vindas a Brasília e de reuniões com os barões do agronegócio mato-grossense, secretariado e membros de organizações não-governamentais nacionais e internacionais para definir ações de combate aos crimes ambientais na Amazônia Legal. 

Além de não esconder, a decisão visa, além da proteção ao meio ambiente, manter o status de maior e melhor exportador de commodities agrícolas e demais produtos do agronegócio à Europa e China e assim se distanciar da má fama conseguida pelo presidente, que comprou brigas com países como Alemanha, Noruega e França. Com maior ou menor discrição, o mesmo vem sendo feito por um dos quatro maiores produtores do planeta de soja, ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Os dois, com tons e palavras diferentes, lembraram o trabalho que foi para tirar a pecha de vencedores e merecedores do nada honroso prêmio Motosserra de Ouro e de alta produção predatória do meio ambiente com preocupação zero reflorestar ou com as consequências ao clima do mundo e divulgar, por exemplo, os altos índices de créditos vindos das compensações de carbono.

Alemanha e Reino Unido pagaram US$ 15,9 milhões de dólares, algo em torno de R$ 60 milhões, ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Todo esse dinheiro deve ser destinado a Mato Grosso e corresponde à retirada de 6,3 milhões de toneladas de CO2 via diminuições de emissões e de riscos de novas emissões de gases de efeito estufa.

Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do A Notícia MT (anoticiamt.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site A Notícia MT (anoticiamt.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

image