11 de Setembro de 2024

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GERAL Quarta-feira, 02 de Outubro de 2019, 14:54 - A | A

Quarta-feira, 02 de Outubro de 2019, 14h:54 - A | A

DIREITO DE RESPOSTA

Família de Jornalista morto nega que ele fosse homossexual e tenha morrido por R$ 3

Página 12

Ao contrário do que a Polícia Militar relatou e a imprensa divulgou, o jornalista Marcelo Leite Ferraz, de 38, que foi morto na semana passada em um terreno baldio, próximo a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), nas proximidades da loja McDonald’s não era homossexual e nem foi morto por causa de R$ 3. A declaração foi dada pelo irmão da vítima, Augusto Ferraz. Segundo ele seu irmão nunca foi homossexual e ‘era o maior rabo de saia’.

 

Quanto à morte por R$ 3, Augusto também nega e questiona a informação prestada pela Polícia, “não se pode acreditar o que a Policia fala do dia para noite. A Polícia encontrou o cara ontem(terça feira, 01/10) e por causa dos noiadinhos que deve ter conversado alguma besteira”, lamentou o irmão.

 

Ele disse ainda que não estava na hora em que o irmão foi assassinado e quem tenha morrido por que não tinha pagado a droga. Mas, ele indaga a informação sobre o valor de R$ 3 informado pela Polícia e que tenha sido a causa da morte do irmão, “não sei se tem droga de R$ 3”, afirmou Augusto que lamenta a informação distorcida da imprensa sobre o irmão, “convivi com ele e era o maior pegador(de mulher) que conheci”, disse.

 

O jornalista que também era advogado foi morto pelo ‘noiado’ Jonh Lennon da Silva, de 21 e que conforme informou a Polícia teria sido violentado sexualmente e sido morto por que ele não teria dinheiro para pagar a droga. O matador foi preso na noite de terça feira, 02, pela Polícia Militar.

 

Nota da Redação

A reportagem do Página 12 divulgou a matéria relativo a prisão do morador de rua Jonh Lennon da Silva, de 21,  tendo como fonte a Policia Militar e a Polícia Civil e ainda uma reportagem do Bom Dia MT, da TV Centro América, em que tanto a Polícia Civil quanto a Policia Militar relataram que a questão seria de morte homossexual. Segundo eles, existe uma relação promiscua de parte de homossexuais com ‘noiados’ em troca de sexo com drogas.

 

O que não é caso do jornalista morto, segundo a família. Ao Página 12 só resta lamentar a morte trágica humana. Mas, o site age com imparcialidade e tem o compromisso constitucional de relatar apenas o que foi falado por suas fontes e com documentos em caso de denuncia. No caso em tela, o Página 12 teve como fonte a PM, a Polícia Civil e reportagem do Bom Dia MT, afiliada da TV Globo em Cuiabá.

 

E só lamenta a morte e se solidariza com a família nessa hora difícil. A reportem não teve o epíteto de denegrir a imagem do jornalista assassinado, apenas relatou os fatos em declarações tendo como fontes as citadas alhures. Quanto ao ‘noiado’ preso o Página 12 obteve informação de fontes da Polícia Civil que ele deve ser liberado até quinta feira, 03, por que não há pedido por parte da justiça de prisão preventiva contra ele e muito menos documentos pessoais(RG/CPF).

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