Em coletiva no Palácio Paiaguás nesta quarta-feira(30), o gestor democrata Mauro Mendes - ao revelar que o Estado tem feito o dever de casa -, e que já estão sendo estabelecidas novas estratégias de governo, já a partir de janeiro, como forma de assegurar que a Saúde funcione, citou que a Secretaria de Estado de Saúde já começou a reforma do Hospital Metropolitano de Várzea Grande e que nos Hospitais Regionais de Sinop e Rondonópolis, as empresas que irão realizar as obras de reforma já se apresentaram.
Quanto ao Hospital Regional de Sorriso, o governador mencionou que o processo licitatório para a contratação da empresa já teve início.
“Eu não sou uma pessoa de ficar especulando, de ficar vazando informações extemporananeamente, dando aí bom da a cavalo, como é muito comum alguns políticos fazerem, falando muito e fazendo pouco. Nossas equipes técnicas estão trabalhando há meses sobre esta questão do Hospital Central e até o final do ano estaremos apresentando uma solução definitiva nesta direção”
Mas ao ser questionado quanto ao “Hospital Central”, também conhecido como Hospital Regional de Cuiabá, com obras paradas há 34 anos, o chefe do Executivo estadual revelou que vem sendo realizado um minucioso estudo técnico sobre a unidade e que oportunamente ele[Mendes] terá uma resposta, em definitivo, para o Hospital Central.
"Eu não sou uma pessoa de ficar especulando, de ficar vazando informações extemporananeamente, dando aí bom da a cavalo, como é muito comum alguns políticos fazerem, falando muito e fazendo pouco. Nossas equipes técnicas estão trabalhando há meses sobre esta questão e até o final do ano estaremos apresentando uma solução definitiva nesta direção. Vamos, no entanto, apresentar uma solução verdadeira em condição de colocar em marcha sua execução, sem lançar ideias ao vento e depois não fazer nada".
O empreendimento está paralisado há mais de três décadas, apesar das várias promessas já feitas em gestões anteriores, incluindo o ex-governador Pedro Taques (PSDB) que chegou a afirmar que a obra seria uma marca de sua administração.
Os questionamentos foram realizados no ato de entrega dos relatórios de visitas a 13 unidades de saúde de 11 municípios mato-grossenses, feitas por deputados que integram a Comissão da Saúde da Assembleia Legislativa, com apontamentos dos principais problemas e gargalos que atingem a saúde pública em Mato Grosso.
O governador democrata também apontou que em 2018, o governo de seu antecessor, o ex-governador Pedro Taques (PSDB), chegou a ficar 11 meses em atraso com a Saúde no Estado. "Este ano estamos literalmente em dia, recuperamos o Hospital de Sinop, de Rondonópolis. E temos aí um programa em curso, comandado pelo secretário Gilberto Figueiredo e sua equipe, apoiado pelos nossos deputados que têm uma bancada no parlamento estadual com um profundo conhecimento nesta área".
Sobre o percentual da receita estadual destinada à saúde, Mendes disse que continua aplicando os 12%, que é o percentual mínimo determinado por lei como prevê a lei. Apontando que esse valor que já vinha sendo investido pelos governos anteriores na Pasta. Indagando, contudo, qual seria a resposta à mesma aplicação não ter dado certo na gestão anterior, já que na sua ela não só estaria dando certo, como teria melhorado substancialmente o setor? E, ao final, respondendo ele mesmo, ao afirmar que as urnas já teria dado a resposta. "Bom não me cabe esta pergunta, já que a resposta a população já deu, tanto que buscou um novo caminho para gerir Mato Grosso".
E evitando nominar seu antecessor [Pedro Taques], derrotado por ele nas eleições passada, Mendes fez questão de frisar que o percentual será, contudo, gasto com qualidade, para garantir a eficiência nas ações, e produzir, assim, mais resultados. Ressaltando os avanços que podem ser observados na reforma da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, transformada em Hospital Estadual de Alta Complexidade e agora sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Ainda citando as reformas em andamento dos Hospitais Regionais de Sinop, Sorriso, Rondonópolis e o Metropolitano, em Várzea Grande bem como a regularização de repasses atrasados aos municípios, resquícios da gestão Pedro Taques.
Hospital Central e promessas
Em matéria publicada em 23 de janeiro de 218 no site oficial do Governo de Mato Grosso, o então governador Pedro Taques ressaltou que antes de entrar para a polícia, quando atuava como procurador da República, ele ajuizou uma ação contra todos os ex-governadores e o Estado para terminar a obra do Hospital Central.
“Esta ação foi julgada procedente e o Estado foi condenado a terminar esta obra. Fui eleito governador e desde o início do mandato começamos a trabalhar a retomada desta obra que está parada há mais de 30 anos. Está é uma obra que marca a nossa administração”, disse Taques à ocasião. Sua gestão terminou em dezembro do ano passado e promessa não foi cumprida.