Nove escolas de Cuiabá e Várzea Grande estão com irregularidades nas estruturas das cozinhas, informou o Ministério Público Federal (MPF) durante fiscalização. O resultado foi encaminhado ao órgão estadual, que instaurou no final do mês passado um inquérito civil para apurar os fatos.
Conforme a portaria assinada pelo promotor Miguel Slhessarenko Júnior, além de irregularidades nas estruturas físicas, o inquérito vai apurar as condições dos equipamentos usados no preparo da alimentação escolar dos estudantes, produzindo provas periciais, testemunhais e dados técnicos.
As irregularidades foram apontadas nas escolas: EE Leônidas Antero de Matos, EE Dr. Estevão Alves Correa, EE André Avelino Ribeiro, EE José Martins Mendes, EE Professora Maria Hermínia Alves, EE Adalgisa de Barros, EE Maria Leite Marcoski, EE Dione Augusta Silva Souza e EE Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller.
Uma das situações mais critica está na EE André Avelino, na Morada da Serra, em Cuiabá. Lá, conforme o relatório falta utensílios para atendimento de todos os estudantes, como pratos, talheres e até panelas para preparar a alimentação.
Um dos freezers para armazenamento não está funcionando, fora que o refeitório não atende os estudantes, uma vez que possibilita 24 refeições simultâneas e a escola conta com 1.347 estudantes distribuídos nos três turnos.
O problema se repete em outras unidades. Há ainda casos em que as janelas não contam com a proteção adequada, bem como estruturas enferrujadas, forro caindo e outras irregularidades.
Outro lado
À reportagem do , a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que ainda não foi notificada sobre a abertura do inquérito do MPE, mas ressaltou que assim que intimada, irá responder todos os questionamentos solicitados.
Explicou ainda que nas escolas Leônidas Antero, Dr. Estevão Alves e Prof. Maria Hermínia Alves, já um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre o órgão e o MPE e que se encontra em fase de elaboração do projeto para reforma.
Já na EE André Avelino, toda a estrutura da escola passa por problemas há anos. No entanto, a Seduc afirma que o projeto está em fase de relicitação. E por fim, a EE José Mendes teve verba emergencial para reparos aprovada no fim de agosto.