Mato Grosso está entre as dez unidades federativas que mais registraram acidentes com vítimas fatais em suas rodovias durante 2018. O estudo, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Confederação Nacional de Transporte (CNT), aponta que 229 pessoas morreram em acidentes em uma BR dentro do estado e outras 1.615 ficaram feridas. Ao todo, foram 1.844 vítimas, uma média de 5 acidentados a cada dia.
Duas rodovias federais que cortam Mato Grosso também aparecem na lista das que mais registraram acidentes. Ocupando o 6º lugar no ranking nacional, a BR 364 foi bastante violenta para motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas, registrando ao todo 1.644 acidentes com vítimas em todo o Brasil. A 7ª colocada, que também atravessa Mato Grosso, é a BR 163. Indo do Rio Grande do Sul ao Pará, a rodovia teve 1.805 acidentes.
O estudo ainda aponta que em cada 100 acidentes em rodovias federais em Mato Grosso, cerca de 12,4 terminam em morte. O dado coloca o estado à frente da média nacional, que é de 9,8. Os acidentes representaram cerca de R$ 372 milhões em custos, incluindo perdas de vidas e perdas materiais.
A pesquisa apontou também dados mais específicos dos acidentes. Ao todo, Mato Grosso registrou 940 que foram ocasionados por colisão e resultaram em vítimas. Houve também um total de 91 atropelamentos, dos quais 22 foram fatais; 792 que envolveram motociclistas, com 63 óbitos; e seis mortes de ciclistas.
Apesar dos números serem preocupantes, o índice geral mato-grossense em 2018 foi o mais baixo desde quando a pesquisa começou a ser realizada pela CNT, em 2007. De 2017 para 2018, houve uma queda de 15,6% em mortes. O número de acidentes com ou sem vítimas também reduziu significativamente. Em 2017, foram 30.680; em 2018 foram 15.283, 50,1% a menos. O pico desse dado foi atingido em 2011, quando Mato Grosso teve 118.743 acidentes, uma ocorrência quase 8 vezes maior que a atual.