O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz está sendo acusado pelo Ministério Público de ter desviado R$1,7 milhão de reais da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso e com esse dinheiro teria comprado uma área de terra de 2.250 hectares e mais 1.700 cabeças de gado da raça nelore. Esse assalto aos cofres públicos teria contado também segundo o MPE, com a participação de Éder Moraes, que teria recebido a quantia de R$ 200 mil reais para facilitar o esquema do desvio do dinheiro na época.
O MPE constatou que além de Percival e Eder Moraes foram beneficiados com os desvios dos recursos da Secretaria de Fazenda, José Márcio Menezes, que recebeu (R$ 1.118.00,00), Jair de Oliveira Lima, (R$ 5.000.000,00), Claudia Angélica de Moraes Navarro (R$ 200.000,00), Emanuel Gomes Bezerra Junior (R$ 750.000,00) e Lucia Alonso Correa (R$ 50.000,00).
DELAÇÃO DE CHICO LIMA
Atendendo pedido do Ministério Público Estadual, a juiza Ana Cristina Mendes da 7ª Vara Criminal de Cuiabá determinou a juntada aos autos da delação premiada do procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima, o Chico Lima, que fez a delação junto ao MPF e ao Supremo Tribunal Federal. A delação de Chico Lima tramita em sigilo no STF mas foi anexada como prova emprestada aos autos.
Com a juntada da delação a juiza Ana Cristina Mendes abriu novo prazo para os réus se manifestarem, ratificando suas defesas, ou em função da juntada da delação, apresentando novas teses. Os réus terão o prazo de 10 dias para se manifestarem e a magistrada marcou para 5 e 6 de novembro as oitivas das testemunhas e dos réus.
Após essas datas serão abertos os prazos para as alegações finais e em seguida o processo estará pronto para julgamento.