A fisioterapeuta Cleiza de Lima, de 30 anos, mulher de Brendon Kaike Vieira Dutra, de 23 anos, foi presa na última quinta-feira (10), após participar de uma audiência no Fórum de Cuiabá. Agentes penitenciários perceberam o momento em que ela trocou de chinelos com o companheiro. Dentro do calçado, foram encontrados dois aparelhos celulares do tamanho de um dedo mínimo. A suspeita é conhecida como ‘Bibi de VG’, em alusão a personagem ‘Bibi Perigosa’, personagem da novela ‘A Força do Querer’.
O companheiro da fisioterapeuta está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá e era ouvido pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Cleiza estava atuando como testemunha de defesa do marido no processo, que apura uma tentativa de homicídio contra um policial civil.
Além da tentativa de homicídio, Brendon responde processos criminais por roubo, furto e assalto. Os dois estavam proibidos de se aproximarem um do outro, mas o casal foi autorizada pelo juiz no final da audiência a ter contato físico. Neste momento, os dois se beijaram e a fisioterapeuta trocou de chinelos com o homem.
“Em verdadeira cena cinematográfica de manifestações explícitas de carinho [ela] fez a troca de seus calçados. A companheira [Cleiza] saiu da sala de audiência com o chinelo do réu e este [Brendon] foi para a carceragem com o calçado fornecido por Cleiza”, diz trecho da audiência.
Dentro do chinelo estavam dois aparelhos celulares do tamanho de um dedo mínimo e carregadores.
Os agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) perceberam a troca e fizeram a revista antes que o preso retornasse para a unidade. Brendon acabou levado à Polícia Civil por tentar entrar no sistema prisional com os celulares escondidos nos chinelos. A mulher conseguiu deixar o Fórum.
O juiz Flavio Miraglia afirmou ao Olhar Direto que o detento recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime cometido. A Polícia Civil também foi informada e deve ir em busca da mulher.
A ficha criminal da ‘Bibi de VG’ apresenta condenação de 5 anos de reclusão por roubo e antecedentes por homicídios. Ela é considerada de alta periculosidade.
Segundo a apuração da Derf, a mulher também aparece em investigações de roubos e furtos a residências e comércios em Várzea Grande, atuando na logística dos crimes, fornecendo armamento e munições aos executores.