Um vídeo que foi divulgado nesta segunda-feira (31) mostra a adolescente de 14 anos que efetuou o disparo que atingiu a cabeça da Isabele Guimarães Ramos, no último dia 12 de julho, empunhando uma arma de fogo em seu quarto no condomínio de luxo Alphaville I no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
Nas imagens, a menina aparece com um coldre na cintura e logo depois aponta a arma para frente. O vídeo foi divulgado pelo site HiperNotícias. Conforme alguns especialistas, a postura da adolescente é a mesma usada em tiros esportivos.
A adolescente era filiada na federação e chegou a disputar competições em Mato Grosso.
As imagens foram anexadas ao inquérito do caso, que tramita na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). O inquérito policial do crime será finalizado ainda nesta semana.
CASO
Isabele Ramos foi morta em 12 de julho no banheiro da mansão da família Cestari após ser atingida por um disparo de arma de fogo pela melhor amiga. Oficialmente, a menina que atirou alega que o disparo ocorreu de forma acidental.
Segundo ela, a arma disparou após o case onde estava armazenada a pistola cair no closet. Ela contou que pegou o case com uma mão e a arma com a outra e, logo após, ocorreu o disparo.
Todavia, o laudo apontou que a arma só poderia ter disparado se alguém tivesse acionado o gatilho. Além disso, o documento apontou a proximidade entre vítima e atiradora. O laudo ainda aponta que Isabele Ramos caiu, já morta, logo após o disparo. O corpo estava com a cabeça no box do banheiro. O documento pericial indica que a vítima estava “na porção esquerda do banheiro”.
Um outro laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC) também apontou manchas de sangue humano nas roupas da adolescente de 14 anos que efetuou o disparo contra Isabele Guimarães Ramos, também de 14 anos, no dia 12 de julho no condomínio Alphaville, em Cuiabá.
As manchas foram encontradas em uma blusa e na barra da saia da menina. Uma vizinha havia entregue as vestimentas para a Polícia Civil após ter encontrado as roupas escondidas em sua casa.
“Amostras colhidas de uma das manchas pardo-amarronzadas da blusa descrita em 'A' e de uma porção posterior da barra da saia descrita em “C” apresentaram resultado positivo para a presença de sangue humano”, diz trecho do laudo.
Desde o crime, diversas pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil. Uma reprodução simulada do caso também foi realizada e a tendência é de que o inquérito seja concluído nos próximos dias.
