Surto foi a alegação do vendedor Valdir Gomes de Lima, 48 anos, para matar a companheira Maria Lúcia Lustosa Sabino, 54 anos, asfixiada.
O assassino se entregou ontem à Polícia Civil e confessou o crime. Ele estava foragido desde a madrugada de sábado (14), dia em que matou a companheira, proprietária de um posto de combustível na Avenida 31 de março, em Várzea Grande.
O assassino teve a prisão temporária decretada pelo magistrado Eduardo Calmon de Almeida César e seguiu para a Penitenciária Central do Estado (PCE) ainda ontem.
A morte ocorreu no apartamento da vítima, no residencial Aeroporto, em Várzea Grande. Valdir disse que depois de matar a empresária Maria Lúcia, ainda ficou cerca de 3 horas junto ao corpo. Ele não soube informar o motivo de ficar todo esse tempo, quase como se a estivesse velando.
Segundo a Polícia Civil, Valdir fugiu para o município de Santo Antônio do Leverger, onde ficou escondido até a segunda-feira (16). Se apresentou na manhã de terça-feira (17) e foi ouvido pela delegada Eliane Moraes. "Ele alegou que a vítima começou a provoca-lo, ocasião em que ele perdeu a cabeça e não viu o momento em que a enforcou até mata-la [..] assassino foi frio ao contar a morte”, contou a delegada.
O assassino alegou à Justiça que saiu de casa na sexta-feira (13), pela manhã, depois de tomar café junto com Maria. Cada um seguiu para seu trabalho e só se veriam à noite, como era de costume. Mas depois do trabalho foi beber com amigos em um bar, onde ficou até meia-noite. Depois foi para outro bar e chegou em casa por volta da 1h30.
Quando chegou em casa, de acordo com o assassino, a empresária estava sentada, fumando na sala. Não disse nada para ele. Se levantou, foi para o quarto e quando retornou disse que queria ele fosse embora do apartamento e fora da vida dela.
Como ele não respondeu, ela teria tocado no ombro dele e perguntado se ele havia escutado. Neste momento, Valdir alegou em seu depoimnto, que teve um “surtou”. E partiu para cima dela, apertando seu pescoço e quando percebeu, a mulher já estava morta.
Nos próximos 30 dias, quando deve ser finalizado o inquérito policial, os laudos sobre o crime e necropsia fornecerão mais detalhes sobre o homicídio, já que existem muitas dúvidas em relação ao depoimento e a cena do crime, que seriam contraditórios.
A perícia nos celulares de Valdir e da vítima também foram requisitadas.