A Polícia Civil investiga a participação de um familiar no latrocínio da servidora pública de Várzea Grande, Sandra Regina de Siqueira Travaina, 48 anos, morta com um tiro na madrugada do dia 2 de julho. Jordão Rodrigues Neto, um dos envolvidos no crime, se entregou nesta terça-feira (9) e confirmou que um parente da vítima passou informações sobre a rotina dela que incluíam horários de saída e chegada. “Podem ter certeza absoluta que essa pessoa será presa num curto espaço de tempo porque ela é tão bandida quanto os executores”, disse a delegada Elaine Fernandes da Silva durante entrevista à TV Centro América. Ela é responsável pelas investigações a cargo da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf). Conforme a Polícia Civil, três criminosos participaram do latrocínio. O terceiro envolvido no crime, Maikon Douglas Alves dos Santos, conhecido como “Sujeirinha”, se entregou na Derf-VG por volta das 11h desta quarta-feira. Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de latrocínio consumado e associação criminosa. O parente da vítima que repassou informações aos ladrões também será indiciado. No dia do crime eles estavam em busca de joias e dinheiro. “Repassaram informações de que na casa a vítima teria muita joia”, informa a delegada. O próximo passo da investigação é prender o familiar que repassou as informações. “Considero muito mais bandido essa quebra de confiança, um familiar passar informações privilegiadas que tirou a vida de uma mãe”, ressaltou a delegada. “As investigações estão avançadas e vocês verão que iremos prender esse familiar que repassou essas informações”. Jordão assim como o comparsa André Luiz Gomes, de 20 anos, conhecido por “Neguinho”, que foi preso em Cáceres (225 km a Oeste), na noite do dia 7 de julho, confessou a participação no crime. Ele alegou que a intenção era apenas roubar e não matar a servidora, que foi alvejada após acionar a buzina do carro enquanto aguardava para entrar em casa. Sandra foi abordada pelo trio na frente de sua residência, no bairro Nova Várzea Grande. Jordão tem condenação por tráfico de drogas e estava em liberdade com uso de tornozeleira, mas os policiais levantaram que ele desliga o aparelho para cometer novos crimes. A delegada pretende concluir o inquérito até esta sexta-feira (12 de julho). CONFISSÃO POUCO IMPORTA A delegada Elaine Fernandes conversou com o advogado do terceiro preso pelo latrocíinio e conforme o jurista, a intenção de Maikon Douglas é colaborar com a investigação.Ela, no entanto, destaca que a investigação já reúne provas concretas contra o acusado. “Todas as provas estão nos autos e não tem muito a acrescentar. A confissão pouco importa porque temos todas as provas para atribuir a autoria de latrocínio e associação criminosa a ele”, disse Fernandes em entrevista ao vivo à TVCA. “São criminosos contumazes que acreditavam que ficariam impunes, mas graças ao trabalho e comprometimento da equipe conseguimos elucidar o caso. Não vamos descansar até prender quem repassou as informações privilegiadas”, encerrou a delegada.