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Segundo as informações da Polícia Civil, a crianças encontraram a ossada e começaram a fazer fotos, principalmente com o crânio da vítima. O diretor de uma escola da cidade, ao ficar sabendo da situação, foi até a delegacia e informou sobre o caso.
Após diligências, a equipe do delegado Philipe de Paula da Silva Pinho foi até a região e encontrou os restos mortais. Porém, como havia apenas a ossada, praticamente completa no local, não foi possível identificar quem é a vítima. O transporte será feito para a unidade da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em Cuiabá.
Na cidade, não há nenhum registro de pessoa desaparecida. Preliminarmente, foi apontado pelos peritos no local que a ossada teria em torno de três anos no local. O que também chamou a atenção foi o fato de que a vítima usava dentadura.
Em junho deste ano, a Politec iniciou a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas. A ação faz parte da Campanha Nacional de Desaparecidos, de iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A Campanha visa a ampliação do Banco Nacional de Perfis Genéticos que, segundo a Coordenadora de Perícias em Biologia Molecular, Késia Renata Lopes Melo, é uma importante ferramenta que vai possibilitar que as famílias deem um fim à angústia de ter um ente desaparecido.
Qualquer pessoa com um ente desaparecido, de até 1º grau (pais, filhos ou irmãos), poderá participar da campanha. Para isso, será necessário registrar um boletim de ocorrência, em seguida a delegacia encaminhará o familiar a um dos 17 postos de coleta espalhados por todo o estado de Mato Grosso. (Veja lista completa)
A coleta é simples e indolor, feita via cavidade oral, com uma espécie de cotonete, que é passado na parte interna das bochechas da pessoa. Os materiais biológicos coletados serão processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, os peritos informarão a Delegacia ou a Diretoria Metropolitana de Medicina Legal (DMML), que entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais.