05 de Outubro de 2024

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POLÍTICA Terça-feira, 10 de Setembro de 2024, 16:48 - A | A

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ELEIÇÕES 2024

Candidato destaca seu legado com o projeto de EcoTerapia para crianças atípicas e visão de transformar Cuiabá em um polo turístico e empresarial

Marcus Fabrício coloca seu nome à disposição pela quinta vez

Yasmin Yegros da redação

Marcus Fabrício Nunes dos Santos, conhecido politicamente apenas como Marcus Fabrício, é cuiabano, tem 51 anos e está concorrendo ao cargo de vereador por Cuiabá pelo PDT a convite do presidente, com a presidente regional da filiação, “estou vindo aqui para ser soldado do partido”, afirma. Candidato pela primeira vez em 2000, obteve o total de 2 mil votos, em 2004 foi eleito ao receber 4.300, um dos cinco mais votados naquela época, em 2008 empatou com o concorrente, Delcimar que por ser mais velho assumiu a Câmara Municipal, o deixando como primeiro suplente. Na última eleição, recebeu quase 3 mil votos, mas por conta da legenda partidária ficou em sétimo na colocação geral.  

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Proveniente de uma família com tradição política, como vereador em 2004, foi responsável por criar diversas leis, incluindo uma que proíbe secretários, subsecretários, diretores e seus parentes até o terceiro grau de firmarem contratos de locação ou sublocação com o poder executivo. Outro de seus projetos, que se tornou lei, garante que as vagas anunciadas em editais de concursos públicos municipais sejam completamente preenchidas pelos candidatos aprovados, respeitando o prazo de validade do concurso e a ordem de classificação.  

No entanto, o projeto que ele tem mais apreço é o da Equoterapia, onde tornou-se pioneiro em destinar recursos através de emendas parlamentares para oferecer atendimento gratuito da modalidade a crianças e adultos com algum tipo de deficiência. O sucesso foi tão grande que a Prefeitura de Cuiabá o incorporou, beneficiando atualmente centenas de pessoas.  

Em 2013, Marcus atuou como Secretário Municipal de Cultura e Turismo. Durante a Copa do Mundo de 2014, realizou melhorias no setor, como a revitalização do Museu do Rio, do Morro da Caixa D’Água Velha e do Aquário Municipal, além de reativar Centros de Atendimento ao Turista (CATs) em diferentes pontos da cidade, como a Praça Rachid Jaudy e a Rodoviária. Nessa mesma época, obteve recursos junto ao Ministério do Turismo, permitindo a aquisição de duas vans usadas como CATs móveis e a instalação de sinalização turística em toda a cidade, além de melhorias de acessibilidade nesses pontos. Também foi nesse período que se iniciaram os projetos de construção do Parque das Águas e da Orla do Porto.  

A principal diferença dessa atual candidatura para a anterior é a relação de mais idade contar com maiores experiências, escolhido aos 27 anos, sente-se mais preparado com mais bagagem e responsabilidade por Cuiabá. “Deixamos um grande legado para Cuiabá, me orgulho das minhas reuniões pelo projeto EcoTerapia, que é o tratamento com crianças portadoras de necessidades especiais. Foi difícil colocar dentro da prefeitura de Cuiabá, porque o setor público não conhecia o projeto, sempre foi bancado por pessoas de um poder adquisitivo melhor e queríamos trazer para quem não tinha condição, logo o público começou a conhecer e fico contente de ver que 20 anos depois ele ganhou musculatura, a prefeitura e o governo do estado bancam”, relata.  

Acredita que o fato de ter um projeto implantado é um diferencial entre outros candidatos, mas tem preocupações em relação a um novo gestor não continuar os incentivos ao projeto, “gostaria de ir para a Câmara fazer uma PL que torne-se lei, levar também o projeto da ecoterapia para a Secretaria de Saúde, quem banca o é a educação, mas a Secretaria de Saúde tem mais afinidade, porque é um tratamento para crianças atípicas, se conseguir implantar dentro do SUS ele temos tranquilidade para as mães que dependem dele para melhor qualidade de vida dos filhos, para ficar tranquilo que o projeto sempre vai acontecer”, explica.  

A causa social é uma bandeira muito importante, porém, existem outras, como colocar Cuiabá na rota do turismo internacional e o fortalecimento do turismo local, por meio da gastronomia, “a comunidade Rio dos Peixes, que antes da Copa do Mundo era uma comunidade que tinha três restaurantes, levamos uma parceria com o Sebrae, que ofereceu treinamento, hoje é um local de culinária forte, com o festival da Pamonha, ou seja, começou a gerar renda e valorização daquelas pessoas que estavam na área rural e puderam ser reconhecidas pela população Cuiabana e principalmente por quem vem de Chapada”.  

Em relação ao cenário político atual analisa a ausência dos vereadores em assembleias ordinárias, como contrária ao papel de todos os entes políticos colocados nessa atividade, que devem representar a sociedade e possuem compromisso com a Câmara.  

Além disso, considerando as últimas operações ocorridas em nome do gestor, descreve sua convocação para a Secretária de Saúde, em janeiro, onde a visão era diferente, observa como os funcionários são dedicados dentro da UPA, ou pronto-socorro. Considera a intervenção fácil, já que constava o não pagamento de 2022 e início de 2023, mas pondera que possuíam dívidas dos anos anteriores e poucos recursos, por isso o único caminho para contornar a situação foi convocar os funcionários públicos que viviam um momento de aflição, incertezas sobre quando podia ter uma nova operação e nos órgãos controladores, “Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas, perguntar quais empresas poderiam ser pagas, o que deixar ou não de fazer, como gestores desejávamos compensar aquilo que faltava pela Secretaria de Saúde e eles nos deram o seu respaldo, começou a funcionar, o secretário comprou medicamentos, fez um seletivo para médicos, diminuiu essa ausência, melhoramos as unidades de saúde, mas isso é graças ao empenho dos 6 mil funcionários da Secretaria, você só sabe o que é quando trabalha dentro da saúde”.  

Julga primordial para a mudança em Cuiabá, uma cidade prestadora de serviço, que não tem grandes indústrias, sendo a última recordada a “Ambev” um prefeito que tenha essa visão empresarial. Segundo ele, durante o governo de Jaime Campos Várzea-Grande era conhecida como a cidade industrial, várias se instalaram no município, a gestão do governador, Blairo Maggi em Rondonópolis, também obteve o mesmo triunfo, por isso “precisamos de um prefeito que tire aquela visão de Cuiabá ser uma cidade prestadora, se um dia o governo do estado, ou a prefeitura, atrasar três folhas de pagamento, a cidade para, porque vive do salário de funcionários público que fazem girar os comércios pequenos, precisamos ter grandes empresas, uma cidade que porte capital. Somos a capital do agronegócio, mas apenas no quesito, matéria-prima”.

 

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