Vereador eleito em Cuiabá, o tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) defendeu o nome de Diego Guimarães (Cidadania) para o comando da Mesa Diretora como forma de garantir o equilíbrio entre os Poderes Legislativo e Executivo.
Os dois são oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que foi reeleito no domingo (29). Segundo Paccola, Diego na presidência ajudaria a garantir a independência da Câmara de Cuiabá.
Na segunda-feira (30), Diego admitiu que vai disputar o comando do Legislativo e já estaria iniciando as articulações entre os vereadores eleitos. Para Paccola, Diego já tem a experiência necessária para assumir o cargo.
Estaremos fazendo oposição ao prefeito, mas não faremos oposição fanática ou cega. Estamos lá para trabalhar em prol da população
“Acho que nada mais sensato do que termos o Diego sendo o presidente da Casa para encontrarmos um ponto de equilíbrio, onde teremos uma forma de controlar a Prefeitura para que ela de fato faça o que se espera do Executivo, que é aplicar o dinheiro, que não é público, mas dos contribuintes”, disse em entrevista à Rádio Capital FM.
“Temos os impostos municipais, os repasses estaduais e federais, que precisam ser rastreados”, afirmou.
Atuação na Câmara
Paccola afirmou que, apesar de não compor a base do prefeito, não fará “oposição fanática ou cega” e que atuará em prol da população cuiabana.
“Estaremos fazendo oposição ao prefeito, mas não faremos oposição fanática ou cega. Estamos lá para trabalhar em prol da população e defender aquilo que for bom, independente de quem apresentar. Precisamos ser profissionais, ter equilíbrio e coerência”, disse.
O vereador eleito diz que se inspira nos três parlamentares de oposição que encerram os mandatos no final deste ano: Abílio Júnior (Podemos), Felipe Wellaton (Cidadania) e Marcelo Bussiki (DEM).
Abílio e Wellaton foram derrotados no segundo turno da eleição pela Prefeitura de Cuiabá. Já Bussiki foi vice na chapa encabeçada por Roberto França (Patriota), também derrotado na corrida pelo Alencastro, ainda no primeiro turno.
“Eu quero ter a coragem de enfrentamento do Abílio, o equilíbrio do Wellaton e a capacidade de auditar e conhecer tecnicamente como o Bussiki. Esse seria meu desejo, de tirar o que cada um deles ofereceu de melhor durante o mandato na Câmara Municipal”, afirmou.