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POLÍTICA Quinta-feira, 29 de Agosto de 2019, 14:07 - A | A

Quinta-feira, 29 de Agosto de 2019, 14h:07 - A | A

ESQUEMA DE ICMS

Doleiro acusa aliado de Taques em MT

Folha Max

O doleiro Lúcio Funaro, delator da Operação Lava jato, afirmou que o grande operador em Mato Grosso do empresário Joesley Batista, acionista da JBS, seria o seu primo, Fernando Mendonça, no ramo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

"Ele poupou um primo dele que se chama Fernando Mendonça, que é de Mato Grosso, que era o operador dele no caso de ICMS. Então ele foi omitindo, omitindo, omitindo, e depois agora que teve esse problema perante a PGR e os órgãos de fiscalização, não sei se ele contou a verdade ou se continua a manipular", disse Funaro na quarta-feira (28) durante depoimento na Comisão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES na Câmara Federal em Brasília.

 

A declaração de Funaro foi para contrapor os irmãos Batistas, que teriam omitido informações em suas delações, que foram canceladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Fernando Mendonça é empresário que atua com factorings e atacado e foi o principal  financiador do ex-governador Pedro Taques (PSDB), quando disputou o Senado em 2010 pelo PDT. 

Na época, Mendonça doou R$ 230 mil para a campanha de Taques, o que representou 20% de toda a arrecadação do político naquela disputa. Mendonça chegou a ser cotado para ser secretário de Fazenda (Sefaz) do governo antes mesmo de Taques vencer as eleições de 2014.

Os rumores vieram à tona após uma gravação da Polícia Federal na Operação Ararath, onde o delator Júnior Mendonça pergunta se Fernando Mendonça era mesmo secretário do eventual governo de Pedro Taques. Depois da gravação Fernando Mendonça, que chegou a ser alvo de busca e apreensão na Ararath, se afastou de Taques. 

Nos bastidores, o comentário era o temor de se descobrir possíveis irregularidades na campanha de 2010 do então senador, já que Mendonça coordenou a campanha financeiramente. 

ICMS

Em sua delação premiada, Lúcio Funaro afirmou que a JBS tinha um esquema de sonegação de ICMS, obtido mediante pagamentos de propinas a políticos no Estado. O caso já havia sido delatado por Wesley Batista, que afirmou ter pago R$ 10 milhões por ano em propinas para o ex-governador Silval Barbosa, entre os anos de 2012 e 2014, em troca da concessão de crédito de ICMS no valor de R$ 74,6 milhões.

Lúcio Funaro é conhecido na Lava Jato como operador financeiro do MDB na Câmara Federal e chegou a ser preso na operação. Atualmente ele se encontra apenas com medidas restrititvas.

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