O presidente estadual do PDT, deputado Allan Kardec, afirmou quea sigla decidiu ficar neutra no segundo turno da eleição em Cuiabá por não se sentir representada por nenhuma das candidaturas.
O Palácio Alencastro, hoje, é disputado entre o vereador Abílio Júnior (Podemos) e o prefeito e candidato à reeleição, Emanuel Pinheiro (MDB). O PDT chegou a disputar o primeiro turno com o maestro Fabrício Carvalho, que figurou como vice de Gisela Simona (Pros) – hoje aliada a Abílio.
Segundo Kardec, não houve consenso entre os membros do PDT sobre uma eventual escolha.
“O partido ficou dividido e decidimos por liberar os nossos filiados a fazerem o voto crítico, até porque nenhum dos projetos nos representa”, disse.
Segundo Kardec, houve resistência a um apoio ao candidato de direita, por exemplo, por parte das mulheres e dos membros ligados à Cultura.
O deputado criticou o nível dos debates entre os candidatos e afirmou que não decidiu ainda em quem irá votar na Capital.
Nenhum dos dois teria condições de continuar disputando ou ganhando essa Prefeitura
“Até agora não tenho opção de voto. Não consegui ver um debate bom para Cuiabá. O que estamos vendo são acusações. Eu quero saber é o que vão fazer no bairro onde moro”, disse.
Segundo Kardec, a decisão de liberar os filiados partiu do próprio ex-candidato do partido., Fabrício Carvalho.
“A ideia de liberar foi do próprio maestro, antes mesmo da Gisela apontar o Abílio como possibilidade de apoio. Ele não se sentiria bem apoiando nenhum dos lados", afirmou.
"O Abílio, durante o primeiro turno, falou claramente que vai acabar com o Conselho de Cultura, e isso é antagônico a tudo o que o maestro construiu”, acrescentou.
Recuo de maestro
Questionado se não teria sido melhor ter mantido a candidatura de Fabrício Carvalho a prefeito da Capital ao invés de uma composição com Gisela, Kardec justificou que a aliança tratou-se de uma estratégia, principalmente porque a ex-chefe do Procon é mulher, servidora pública e experimentada na urna.
Kardec, porém, criticou a forma como a campanha da chapa foi conduzida. Ele afirmou, porém, que a eleição na Capital “já chegou com um duelo pronto entre Abílio e Emanuel”.
“Acho que faltou um pouco da coordenação de campanha explorar esse lado da própria Gisela. Talvez ela também não abraçou a causa de mulher, a causa negra, a causa do servidor público suficientemente para que pudesse chegar ao segundo turno”, disse.
“A população gosta disso, quer ver os duelos acontecerem, tanto é que levaram os dois para o segundo turno. Mas na minha opinião, nenhum dos dois teria condições de continuar disputando ou ganhando essa Prefeitura”, completou.
