A vereadora Maysa Leão (Republicanos) repercutiu durante a sessão desta terça-feira (27), a inspeção feita no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC) e que constatou 4.386.185 comprimidos vencidos no estoque.
Segundo o relatório de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia, feito nesta segunda-feira (26), a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), foi detectado que os medicamentos essenciais vão durar apenas 30 dias. De acordo com a parlamentar, a situação vem se repetindo desde o ano passado e nada foi feito porque o município não tem gestão. “Estou impactada com o relatório que foi divulgado ontem e isso só reforça que não há medicamentos, porque não tem gestão ou vontade de fornecê-los ao povo de Cuiabá. Eles são comprados em quantidades exorbitantes para serem lucrativos e não para ajudar quem precisa. Daqui 30 dias não haverá medicamentos, porque não há estoque apropriado para consumo”, afirmou Maysa Leão.
O documento apresenta mais de 2,7 milhões de unidades vencidas de Cloridrato de Metformina, para tratamento de diabetes e de problemas cardíacos, remédios de alto custo, assim como 771.720 unidades de comprimidos de Digoxina, dosagem 0,25 mg.
Quer ficar bem informado em tempo real? Entre no nosso grupo e receba todas as noticias (ACESSE AQUI).c
["Verificamos através dos registros fotográficos a seguir que, o local possui uma grande quantidade de medicamentos e insumos vencidos, isso também havia sido visualizado em inspeção anterior, realizada no mês de abril de 2021. Porém, desde aquela época não há regularização desta situação pela Secretaria Municipal de Saúde. São tantos itens vencidos separados no estoque que estão utilizando áreas destinadas a medicamentos/insumos em conformidade (dentro da validade). Esta não conformidade necessita ser regularizada o quanto antes”], diz trecho do relatório.
Visitas Técnicas
A vereadora realizou uma fiscalização na unidade no ano passado, junto com o vereador Diego Guimarães (Republicanos). Na inspeção, os parlamentares encontraram pilhas de caixas de medicamentos vencidos desde 2020, e que sequer foram encaminhados para as unidades de Saúde.
No dia 22 de novembro deste ano, Maysa voltou à unidade para uma visita técnica e encontrou o mesmo cenário: estoque de medicamentos essenciais baixo, falta de controle de estoque nas unidades de saúde, e falta crônica de remédios.
“Durante essas fiscalizações tivemos respostas evasivas e tivemos respostas de que os gargalos e os problemas seriam sanados. De que a culpa seria da má gestão de uma empresa que não fez o seu papel, mas a verdade é que olhando esse documento recente demonstra que nada mudou – prateleiras de medicamentos vencidos, ou seja, comprados para vencer e não atender as necessidades da população”, concluiu a vereadora.