Em sabatina na CCJ do Senado nesta quinta-feira (01), André Mendonça disse ter comentado com Jair Bolsonaro que não há espaço para fazer oração na sessão do Supremo Tribunal Federal. Em julho, Bolsonaro afirmou que sugeriu ao seu indicado que fizesse orações semanais em suas participações no tribunal.
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“Tive preocupação grande e nunca coloquei no currículo o fato de eu ser pastor. Diante até da fala do presidente de orações, expliquei a ele que não há espaço para manifestação religiosa em sessão do Supremo, o que não significa que, antes de começar o trabalho ou antes de me alimentar, não faça minha oração”, disse, conforme publicado no portal O Antagonitsa.
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Ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro como o nome“terrivelmente evangélico” para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello, usou o tempo disponível para a sua fala de abertura na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (1), para falar de sua trajetória pessoal e profissional, “incluindo a graça divina” de ter se formado em Teologia. Posteriormente, ele disse estar comprometido com a democracia e a laicidade do Estado e que “não há espaço para manifestação pública religiosa durante as sessões do STF e que a Constituição deve ser instrumento para decisão de um ministro do Supremo”.
Apesar de um discurso repleto de referências religiosas, Mendonça disse que, se tiver o nome aprovado pelos senadores, têm consciência de que será ministro por mais de um governo e que, por isso, possui “compromisso com o estado democrático de direito”. “Na vida pessoal, a Bíblia. No Supremo, a Constituição”, afirmou.