Na avaliação do governador Mauro Mendes, os altos custos praticados pela Organização Social de Saúde (OSS) que administrava os hospitais regionais de Sinop e Rondonópolis deveriam merecer uma investigação por parte do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). A declaração foi dada nesta segunda-feira (05), durante entrevista de Mendes na Rádio Capital.
Em Rondonópolis, por exemplo, o Estado reassumiu a gestão do Hospital Regional em janeiro em substituição ao Instituto Gerir e os custos foram reduzidos em 40%. O regional de Sinop, que também era administrado pelo Gerir até o início de fevereiro, também teve redução de custos e aumento da produtividade.
“Em janeiro fizemos a intervenção tirando a OSS. Segundo relatos da população melhorou o atendimento e o custo da saúde diminuiu, porque tinha lá um custo muito alto. Tá aí uma boa investigação para o Ministério Público, porque o custo era tão alto”, sugeriu o governador. Mauro disse que não pressionará por nenhuma investigação, já que está focado em "ohar para frente" e melhorar os serviços prestados à população de Mato Grosso.
Durante a entrevista, Mendes lembrou que fez um compromisso com a população que trabalharia para fazer a saúde funcionar. “É um trabalho difícil, mas vamos arrumar a saúde de Mato Grosso. Temos que tomar as medidas necessárias, enfrentamos muita resistência, mas temos o apoio da Assembleia Legislativa. O secretário Gilberto Figueiredo tem feito com sua equipe um trabalho espetacular”, afirmou.
SANTA CASA
Durante a entrevista, o governador comemorou o sucesso da reabertura da Santa Casa, transformada a partir da requisição feita pelo governo em hospital estadual, e que irá prestar serviços de alta complexidade pelo sistema único de Saúde. “Fizemos uma grande transformação nas UTIs, tocamos os pisos. O ministro da Saúde Mandetta [Luiz Henrique] ficou impressionado com o padrão de qualidade”, disse o governador, que também destacou a participação da primeira-dama, Virgínia Mendes, que equipou a ala infantil.
REPASSES AO INTERIOR E ECONOMIA
A atenção básica nos municípios também tem recebido um cuidado especial nestes primeiros meses da nova gestão. Segundo Mendes, o governo do Estado tem feito os repasses em dia e começa a pagar os atrasados. “Tinha 11 meses de atraso. O teto MAC [Média e Alta Complexidade] estava com seis meses de atraso. Isso gerou uma grande dificuldade para os prefeitos. Neste ano estamos em dia na atenção básica com os municípios. Alguns programas já conseguimos atualizar e o compromisso com os prefeitos é pagar até o próximo ano 100 por cento os atrasados”.
E o dinheiro para cumprir com estes compromissos é fruto da economia que o Estado está fazendo, conforme destacou o governador. Na Educação, por exemplo, o contrato com internet para a secretaria e a rede escolar que tinha um gasto anual de R$ 11 milhões caiu para R$ 3 milhões, depois de uma renegociação. O custo com as passagens aéreas caiu também. No primeiro quadrimestre de 2018, a Casa Militar gastou cerca de R$ 1 milhão e este valor foi reduzido para pouco mais de R$ 100 mil no mesmo período deste ano. “Quando viajo a Brasília, por exemplo, não vou de jatinho e uso avião de carreira”, justificou Mauro Mendes.