O senador Jayme Campos (DEM) não descartou a possibilidade de o novo partido União Brasil manifestar apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na disputa eleitoral de 2022.
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A declaração é contrária a propositura inicialmente ventilada para a criação do partido: lançar um nome como terceira via na disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Política é como fumaça: está, mas daqui a pouco não está mais. Não dá para afirmar nada. Às vezes, na convenção se define uma coligação e daqui a pouco não está mais. Tem muita água para correr embaixo da ponte”, afirmou.
Apesar de alertar sobre a possibilidade, Jayme defendeu que o “superpartido” lance sua própria candidatura. A sigla, que nasceu da fusão entre PSL e DEM, ainda não tem um nome definido.
“No DEM tinha o [Luiz Henrique] Mandetta, que tinha a pretensão de ser candidato, mas vão surgir outros nomes. O União Brasil também poderá apoiar seja o Bolsonaro ou outra candidatura nova que surgir”, acrescentou.
União Brasil
A fusão entre as siglas foi aprovada em convenção no início de outubro e resultou no nascimento do União Brasil.
A partir da aprovação foi formada uma comissão instituidora que enviará o processo de fusão ao TSE. A expectativa é de que o partido seja oficializado pela Justiça até fevereiro e já tenha número nas urnas nas eleições do ano que vem.
O União Brasil nasce com 81 deputados federais e se tornará a maior bancada da Câmara Federal, desbancando o PT que, desde 2010, ocupa o posto.
Em Mato Grosso, o cenário se repetirá e a nova sigla terá também a maior bancada, com seis parlamentares: quatro do PSL e dois do DEM.