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POLÍTICA Quarta-feira, 28 de Agosto de 2019, 16:34 - A | A

Quarta-feira, 28 de Agosto de 2019, 16h:34 - A | A

OPERAÇÃO RED MONEY

Justiça nega revogação de prisão domiciliar de esposa de líder de facção que movimentou R$ 1,5 mi

Olhar Direto

Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negaram um pedido de revogação de prisão domiciliar feito pela defesa de Thais Emília Siqueira Silva, esposa de um dos líderes da parte financeira do Comando Vermelho, e dona de uma empresa que movimentou cerca de R$ 1,5 milhão com a venda de drogas. Ela havia sido presa na Operação Red Money, que apurou a movimentação financeira do Comando Vermelho.
 
 
Conforme investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO),  Janderson dos Santos Lopes, conhecido como “Cowboy”, e a sua esposa Thais Emilia Siqueira Silva, abriram uma empresa de transportes para lavar o dinheiro do tráfico.

 


A “T.E.S. Transpostes”, que estava no nome de Thais, chegou a movimentar cerca de R$ 1,5 milhão com a venda de drogas em um ano e meio. As investigações também apontam que o dinheiro arrecadado com as atividades ilícitas era para compra de diversos veículos e alguns deles estavam no nome de Thais.
 
A prisão preventiva da acusada foi convertida em prisão domiciliar, mas a defesa entrou com recurso buscando a revogação da medida, invocando a primariedade de bons antecedentes da paciente e alegando que não há elementos probatórios suficientes a demonstrar a necessidade da medida para garantia da ordem pública.
 
No entanto, o desembargador Pedro Sakamoto, relator do processo, considerou a gravidade concreta da conduta de Thais, sendo que ela foi responsável por expressiva movimentação financeira em favor do Comando Vermelho. Em consonância com o parecer do Ministério Público os desembargadores então, por unanimidade, negaram o pedido.
 
Red Money
 
A investigação da operação “Red Money” apura grande esquema de lavagem de dinheiro e movimentação financeira por parte de uma facção criminosa, com a utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.
 
A apuração, que deu origem a primeira fase da operação, foi desenvolvida ao longo de 15 meses e resultou, na ocasião, no cumprimento de 94 mandados de prisão, buscas e apreensão, bloqueio de 80 contas correntes, além do sequestro de bens (veículos, joias, imóveis) e valores, totalizando 233 ordens judiciais cumpridas naquela etapa.

 


 
No período de junho de 2016 a janeiro de 2018 (um ano e meio), entre entradas e saídas de 44 contas investigadas na operação, foram identificados movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.

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