O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que apesar de não ter controle sobre o número de postos de combustíveis que fornecem gás natural veicular (GNV) no Estado, pode garantir fornecimento contínuo do combustível a partir de janeiro de 2022, graças a um novo contrato firmado com a Bolívia.
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Atualmente, há três postos em Cuiabá e um em Várzea Grande que fornecem GNV. Com o aumento de carros convertidos em razão da disparada nos preços da gasolina e do etanol, são grandes as filas registradas nesses postos e a espera pelo abastecimento pode chegar a três horas.
Segundo o governador, a partir do dia 1º de janeiro, tem início um “contrato firme” entre Mato Grosso e Bolívia. Conforme o acordo, até 2029, o Estado terá 1,5 milhão de metros cúbicos ao mês de contrato firme e mais 1 milhão em m³ de contrato interruptivo.
“É a primeira vez que o Estado de Mato Grosso tem um contrato firme, chamado contrato ininterruptível. Claro que eles podem interromper, mas eles pagariam multas pesadas”, afirmou.
“Durante esses anos todos, os contratos era interruptíveis, ou seja, se tinha gás sobrando, mandava; se não tinha, parava. E por isso que ao longo de tantos anos, por mais de uma década, o gás desenvolveu pouco aqui em Mato Grosso”, explicou.
Com o fornecimento garantido, Mendes disse que o Estado agora trabalha na licitação da obra do gasoduto a ser construído no Distrito Industrial, com extensão total de 27 km, a fim de melhorar a distribuição.
Segundo a MT Gás, com o duto, o gás fica mais barato, já que há um custo para sua compressão e descompressão. Os mates (cilindros onde é transportado o gás comprimido) são carregados a uma pressão muito alta e no duto isso não existe, já que o gás tem via direta, como se fosse energia elétrica.
“Já licitamos o projeto e estamos licitando a obra para fazer uma rede de gás no distrito industrial, saindo do City Gate, nessa primeira etapa. E aí não vai depender mais desse sistema de compressão e descompressão”, disse.
Número de postos
Conforme Mendes, a quantidade de postos é uma relação privada e não é algo que o Governo possa resolver de forma arbitrária. Ele apontou, porém, que existe uma falha no mercado e que a MT Gás está tentando resolver.
“O Governo não tem como determinar que posto A, B ou C possa fazer. Além disso, existe um problema de mercado, que a MT Gás está tentando resolver. Porque lá atrás foi feito um acordo com uma determinada empresa para essa compressão e descompressão e isso gerou alguns problemas”, afirmou.
“Estamos fazendo tudo o que for necessário para tentar resolver isso e ajudar a construir soluções para que mais postos possam ampliar e ter gás disponível para a população”, completou.