O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se posicionou no fim da tarde desta terça-feira (16), sobre a crise econômica que causou o corte de energia elétrica na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizada pela concessionária Energisa.
Abraham fez um desabafo no Twitter e em um vídeo divulgado pelo deputado federal José Medeiros (Podemos). Em tom de indignação, disse que solicitou o imediato religamento da energia elétrica na unidade de ensino e deixou clara sua impressão de que o corte foi ocasionado pela falta de competência dos gestores da universidade.
“Irei tomar todas as medidas cabíveis para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na UFMT. Os quatro campi sem luz por falta de gestão da própria instituição? Isso não dá! Já solicitei que a luz seja religada imediatamente”, disse ele na rede social.
No vídeo, o ministro foi ainda mais enfático e afirmou que na última sexta-feira (12), o Ministério da Educação (MEC) destinou à UFMT o montante de R$ 4,5 milhões, justamente para que parte do dinheiro, algo em torno de R$ 1,8 milhão, fosse utilizado para quitar os débitos com a Energisa.
Irritado, o ministro disse que a reitora Myrian Thereza Serra esteve em Brasília para receber os recursos federais, e que solicitou que ele fosse informado das negociações com a empresa de energia elétrica, no entanto, ele afirma que isso não ocorreu. Abraham acusou a reitora de não dar satisfações ao ministério, a qual é ligada.
“A reitora teve três anos e tem mais um ano de mandato. Parece que é uma dívida de um ano e meio. A gente chamou a reitora semana passada, porque a gente descobriu, ela não nos comunicou que tinha uma dívida grande com essa empresa de luz. Soltamos na sexta-feira R$ 4,5 milhões, e está documentado, para quitar a conta de luz, e pedi pra ela, reiterei que me procurasse, caso tivesse qualquer problema. Tudo certo! Mas hoje fui comunicado, não por ela, que faltou luz. Agora, o MEC está entrando com as medidas legais para que a luz seja religada. Estamos verificando o motivo de ter cortado, se não foi pago e etc. Isso é gestão. Simplesmente, a universidade tem autonomia, que não deveria ser confundida com soberania e fica essa situação mal explicada”, disparou o ministro.
VEJA O VÍDEO ONDE MINISTRO ACUSA UFMT DE NÃO GERIR BEM OS RECURSOS FEDERAIS: