O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto recebimento de propina pelo então, deputado estadual e, atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na Câmara Municipal da Capital, vereador Toninho de Souza (PSD), não que ser julgado antes de começar o trabalho na comissão. Mesmo sendo um dos parlamentares da bancada de sustentação do prefeito na Casa, Toninho afirma que nunca foi omisso. Ele foi entrevistado pelo jornalista Antero Paes de Barros, na rádio Capital FM, nesta terça-feira (8).
“Não posso ser julgado por um trabalho que eu nem comecei. Assinei o requerimento para instalação da CPI. A minha assinatura foi a nona e foi decisiva para completar o número exigido de vereadores. Insisti muito para que o prefeito se explicasse e só decidi assinar a CPI quando ele não deu nenhuma explicação. Se viesse a público esclarece e encarasse de frente não seria necessária a abertura da CPI. Portanto, não fui omisso”, assegurou
Toninho de Souza, ao mesmo tempo que considera a gravidade das imagens gravadas no gabinete de Silvio Corrêa, chefe de gabinete, do então, governador Silval Barbosa, evita conclusões sobre o fato. “As imagens do prefeito colocando o dinheiro no paletó, falam por sí só. Mas, não vou entrar no mérito, cabe ao prefeito explicar”. O vereador também não considera que tenha algum desgaste na imagem dele em função do seu posicionamento.
Para Toninho, o objeto da CPI é claro: investigar o crime do prefeito Emanuel Pinheiro e se ele tentou obstruiu a comissão no exercício do mandato de prefeito em função de uma carta registrada em cartório por Valdecir Cardoso, que instalou as câmeras, garantindo que o dinheiro recebido por Emanuel Pinheiro, não era propina.
ALMT
O vereador Toninho de Souza está na expectativa de mudanças na trajetória política, caso sejam confirmadas as especulações de que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), vai assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Decisão que deve ser anunciada na quarta-feira (16).
Se Botelho for para o TCE, como suplente de deputado estadual, Toninho assume a vaga no parlamento estadual e não disputa a reeleição na Capital, em 2020.