03 de Julho de 2025

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POLÍTICA Quarta-feira, 24 de Julho de 2019, 10:07 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2019, 10h:07 - A | A

LONGE DO FIM

"Não tem como atender, querem que eu repita", diz Mauro sobre greve dos professores

Folha Max

Para o governador Mauro Mendes (DEM) a rotina de protestos promovidos por professores em todo ato público no qual aparece são “naturais” após quase dois meses e meio de paralisação sem obterem qualquer resposta para cumprimento do reajuste de 7,69% previsto para este ano na Lei 510/2013. Desta vez, ele ouviu coisas como “Mauro, não destrua a educação” e “arrocho não! Respeita, respeita, respeita a educação” quando chegou na manhã desta terça-feira (23) na inauguração do novo Hospital Estadual Santa Casa.

“É natural, é normal”, disse, mal disfarçando a irritação com a pergunta dos repórteres. Em seguida, ele emendou que não tem como atender a pauta dos sindicalistas. 

 
 

“Já falei isso a vocês várias vezes e vou repetir: é normal. Já dialoguei com a classe muitas vezes e vou repetir tudo o que eu já venho dizendo desde a primeira entrevista [quando os professores anunciaram a possibilidade de greve]. Vocês querem que eu repita? Vou repetir: estamos estourados na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). São 58% de gastos com pessoal. Isso mudou? Não! Não mudou. Não tem como eu mudar. Então...”, disse.

No protesto desta terça-feira, cerca de 200 profissionais da Educação se juntaram à cerca de ferro armada pela cavalaria e tropa de choque da Polícia Militar também presentes ao evento.

Eles traziam cartazes com dizeres como “governador, tire as mãos dos nossos direitos” e “estude, é sua única chance. Eles têm medo de nós”. Numa faixa gigante, a lembrança de que as crianças estão sem aulas desde o dia 27 de maio e o motivo da greve: o cumprimento da Lei Estadual 510, de 2013, e seus 7,69% a mais a cada ano sobre a remuneração durante 10 anos, assinada durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, além do repasse da Revisão Geral Anual (RGA).

Dias atrás, Mauro Mendes e comitiva também foi seguido e ouviu gritos de servidores da educação enquanto caminhava pelas ruas de Chapada dos Guimarães. Ontem (22), alguns dos professores se “acorrentaram” na frente do Palácio Paiaguás.

Agora, os profissionais resolveram montar acampamento na Assembleia Legislativa. Eles tentam pressionar os parlamentares a votarem o projeto de reinstituição dos incentivos fiscais somente após a negociação para o fim da paralisação.

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