O procurador-geral de Cuiabá, Antônio Possas - que acumulava o cargo também de secretário municipal de Saúde há oito meseses -, deixa a pasta como vinha falando, aliás, algum tempo, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Sempre que se referia ao secretário, o prefeito informava que o procurador possuia larga experiência na gestão pública e que, assim, estaria interinamente, ajudando-o, mas que não seria oficializado, em particular, nesta secretaria.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (13), pelo prefeito emedebista, em evento da 1ª Edição do Procon Itinerante, na Praça Alencastro.
Possas acumulou o cargo com a saída do ex-secretário Huark Correia, que deixou o comando da saúde municipal depois de virar alvo da Operação Sangria, que investigou fraudes em licitação praticadas por médicos, por meio das empresas Proclin e a Qualycare, em contratos vinculados às secretarias estadual e municipal de Saúde.
“Possas acumulou o cargo com a saída do ex-secretário Huark Correia, que deixou o comando da saúde municipal depois de virar alvo da Operação Sangria”
Pinheiro ainda revelou que não se decidiu se o procurador-geral do município volta ao cargo ou, se como coringa, assume outra pasta.
‘Se ele vai para outra pasta é o que eu vou fechar até o dia 20. Evidentemente, Possas já cumpriu sua missão com êxito na Saúde. Neste final de mandato preciso de uma outra dinâmica nas pastas, em particular, na Saúde, uma das mais sensíveis e que mais exige de um gestor’, ainda disse Pinheiro, em conversa com jornalistas nesta última terça.
Possa de Carvalho assumiu a secretaria em um momento de crise extrema, depois que Huark foi preso na operação Sangria, como suposto líder de esquema de irregularidades na prestação de serviços médicos hospitalares.
Reforma Administrativa
O prefeito Emanuel Pinheiro - que vem já algum tempo anunciando uma minirreforma adminstrativa - com fusão e extinção de secretarias e ainda novos atores no comando das pastas, dentro de seu staff, deverá formalizar o nome do novo secretário quando, de fato, estas mudanças estiverem concluídas e remetidas para a análise da Câmara de Vereadores.
O envio teria sido suspenso sob o argumento de que ainda estariam faltando detalhes, como sugestões, por exemplo, de seu grupo político. ‘Como não é nenhuma sangria desatada, vou finalizar e envio à Câmara, em definitivo. Mas as mudanças que precisam ser feitas estão sendo finalizadas e até o dia 20 estará nas mãos dos vereadores.
Ainda ressaltando que a minirreforma deverá conter ajustes fiscais para dar mais celeridade neste final de mandato [um ano e meio]. Sobretudo, no que tange ao cumprimento de seus compromissos de campanha com a população cuiabana.
E ainda que estuda a abertura de novos espaços dentro do seu staff para os partidos aliados.
E se isto for levado em conta, Pinheiro terá que realizar uma ampla reforma, já que tem dito que pelo menos 11 siglas partidárias vêm lhe pedindo que saia a reeleição, ao lhe assegurar apoio. E que ainda estaria sendo assediado por outras três legendas, com quem prometeu, em breve, se sentar.