Político que exerceu vários mandatos, empresário com destaque internacional e uma das lideranças nacionais do agronegócio, Otaviano Pivetta (Republicanos) foi reeleito vice-governador em primeiro turno na chapa com Mauro Mendes (União). Desde o começo do mandato que chega ao fim, Pivetta exerce papel fundamental no governo, do qual participa ativamente graças ao perfeito entrosamento com Mauro Mendes. Em cinco ocasiões substituiu o titular por conta de seus compromissos internacionais.
Nos meios políticos Pivetta é considerado sustentáculo do governo. Além de vencer a reeleição ao governo, no primeiro turno, em outubro, com 1.114.549 votos (68,45%) a chapa Mauro Mendes e Pivetta foi a mais votada nos 141 municípios e quebrou um recorde eleitoral que durava 12 anos: em 2010 Blairo Maggi (PR) ganhou a disputa ao Senado com 1.073.039 votos.
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A chapa vencedora disputou o pleito com Márcia Pinheiro (PV) e Vanderlúcio Rodrigues (PP), que recebeu 267.172 votos (16,41%); com o Pastor Marcos Ritela e seu vice Alvani Laurindo, ambos do PTB, que cravaram 233.543 votos (14,34%); e com Moisés Franz e Frank Melo, numa dobradinha do PSOL, que conquistou 12.948 votos (0,80%) ficando em último lugar na disputa.
A trajetória de Pivetta na vida pública começou em 1996, pelo PFL, quando venceu a eleição para prefeito de Lucas do Rio Verde.
Em 2000 (PPS) e 2012 (PDT) Pivetta novamente foi prefeito daquele importante município.
Em 2016 Pivetta tentou a reeleição, mas acabou vítima de ‘fogo-amigo’. Pivetta foi um dos pilares da campanha de Pedro Taques (PDT) ao governo em 2014, e também na sua eleição ao Senado em 2010, mas Taques não levou isso em conta na eleição municipal em 2016 em Lucas.
Pivetta esperava contar com apoio de Taques, porém, isso não aconteceu. Segundo os bastidores políticos, Taques mandou o então vice-governador Carlos Fávaro (PSD) lançar um candidato a prefeito pelo PSD. Fávaro indicou Flori Luiz Binotti. Flori recebeu 14.408 votos e Pìvetta 14.166. Pivetta teve o registro de sua candidatura cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral na antevéspera do pleito e quando reverteu a situação foi tarde demais – a decisão judicial prejudicou seu desempenho nas urnas.
A eleição em Lucas sempre é muito disputada, mas em 2016 aconteceu um fato atípico que também contribuiu para a derrota de Pivetta. Operários maranhenses contratados por um complexo industrial na cidade foram estimulados a transferirem seus títulos, e teriam recebido generosas injeções de mimos para votarem em Binotti. Fávaro estaria por trás dessa jogada, que foi fatal.
Surgiu um fosso entre os dois.
Essa divergência entre Pivetta e Fávaro não dá sinais de cicatrização. Pivetta, sem dúvida, foi o melhor prefeito mato-grossense em todos os tempos. A saúde pública, a rede escolar, pavimentação total da cidade e outras obras e projetos atestam isso. Jamais permitiu culto à personalidade.
SECRETÁRIO
Ao assumir o governo em janeiro de 2003, Blairo Maggi nomeou Homero Pereira secretário de Desenvolvimento Rural (Seder). Em 2005, portanto dois anos depois, Homero deixou a Seder para reassumir a presidência da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), da qual estava afastado para integrar o secretariado.
Em 2005 para o lugar de Homero o governador nomeou Pivetta, que ficou na secretaria somente até 25 de junho daquele ano. Jilson Francisco da Costa, o Jilson da Fetagri, era secretário-adjunto e assumiu interinamente a Seder, até a nomeação do titular, o ex-prefeito de Sorriso e mais tarde deputado estadual José Domingos Fraga Filho – a Seder ganhou novo nome: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf). Em 2006 Pivetta estava nos palanques pedindo votos para deputado estadual. Pelo PDT recebeu boa votação: 35.901 votos ficando em quinto lugar sendo o campeão José Riva (PP), com 82.799 seguido por Walter Rabello (PMDB), Zé Carlos do Pátio (PMDB) e Percival Muniz (PPS). Na Assembleia o mandato de Pivetta foi o mais discreto possível em razão de sua tentativa de enfrentar o mandachuva José Riva, que controlava aquele Legislativo com mão de ferro. Pivetta ficou quatro anos no plenário e não tentou a reeleição. Mauro Mendes (PSB) disputou o governo em 2010 com Pivetta (PDT) de vice e sua chapa recebeu 472.475 votos.
O governador Silval Barbosa (PMDB) com o vice Chico Daltro (PP) disputou a reeleição e venceu o pleito em primeiro turno com 759.805 votos (51,21%). Wilson Santos (PSDB) dobrou com Dilceu Dal’Bosco (DEM) e recebeu 245.527 votos. Marcos Magno formou chapa com o vice José Roberto, ambos do PSOL, e cravou 5.771 votos.
Com Mauro Mendes amigo para sempre
Na eleição ao governo em 2018 Mauro Mendes (DEM) elegeu-se em primeiro turno com 840.094 votos (58,69 %) tendo Pivetta (PDT) de vice. Em segundo lugar ficou o senador republicano Wellington Fagundes com a vice Sirlei Theis (PV), com 280.055 votos; o governador Pedro Taques tentou a reeleição com uma chapa tucana tendo Rui Prado de vice e cravou 271.952 votos. Na sequência, os candidatos Arthur Nogueira (REDE) com o vice Sadi da ONG (PPL) e Moisés Franz com o vice Enfermeiro Vanderlei da Guia, ambos do PSOL.
ELE
Otaviano Olavo Pivetta nasceu em Caiçara (RS) no dia 10 de maio de 1959. Fez fortuna em Mato Grosso e seu primeiro passo para a riqueza foi a compra da fazenda Ribeiro do Céu, em Nova Mutum, e que pertencia ao advogado, agropecuarista e fundador de Nova Mutum, José Aparecido Ribeiro, o Dr. Ribeiro.