O depoimento do presidente executivo da Amaggi, Judiney Carvalho, na segunda-feira (23), às 14 h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso, na Assembleia Legislativa, deve ser aberto. Pelo menos, esta é a posição do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) que, nesta quinta-feira (19), junto com os outros dois membros da comissão - Janaína Riva (MDB) e Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD) - surpreendeu ao definir que a oitiva do doleiro Lúcio Funaro fosse realizado em sessão secreta. “Acho que vai ser uma sessão aberta e é até bom que ele (presidente da Amaggi) venha falar aqui. Vai acabar com essa politicagem.
Hoje estamos sendo repelente aos empresários de Mato Grosso mas, a gente tem que acompanhar a lei. A lei garante, a lei não garante, foi passado pelo Conselho (Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat)? Pela primeira vez, foi aprovada uma lei dos incentivos fiscais com isonomia.
Acabou a prática do empresário A e B terem diferenças no diferimento tributário”, ressaltou Dilmar Dal Bosco. Dal Bosco disse que ele, Janaína Riva e Nininho, obtiveram o parecer da Procuradoria Geral do Poder, Legislativo, para que só os membros e assessores da CPI da Sonegação Fiscal acompanhassem a oitiva de Lúcio Funaro, como forma de prevenção.
Não houve, segundo o deputado, nenhum interesse em proteger nomes de autoridades e agentes públicos que Funaro pudesse citar. “O que fizemos foi uma precaução para não termos problema na própria CPI. É razoável até para que não haja nulidade da própria Comissão Parlamentar. Esta é a nossa grande preocupação. Por isso que a Procuradoria deu este parecer” , justificou. ALMT "Foi pífio demais!" Por fim, restou o desapontamento com o teor do depoimento do doleiro na CPI. "Foi um depoimento pífio demais. Ainda bem que foi fechada esta sessão. Foi péssima. Poderia ter sido aberta, mas como a gente ia saber.
Todos os deputados estavam lá, foi tudo gravado e ele (Funaro) não citou ninguém. Disse que nunca viu nenhum governador com o Joesley Batista ou com ele. Nenhum ex-governador, nem agente político. A única coisa que ele revelou foi que fez uma transação comercial, particular, com o ex-deputado José Riva”, ressaltou Dal Bosco. Lúcio Funaro contou aos deputados que é amigo pessoal de Riva com quem negociou a aquisição de um imóvel, em Mato Grosso.
O deputado Dilmar garantiu ainda que não recebeu nenhuma orientação como líder do governo da Casa e agiu apenas como membro da CPI. Dal Bosco está substituindo por 30 dias, o deputado Carlos Avalone (PSDB), titular na Comissão. Por meio da assessoria de imprensa, o governo do Estado confirmou que a posição do deputado é pessoal e não reflete a opinião do Executivo, neste caso.