Os débitos referentes as contas de energia elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso podem gerar corte no fornecimento de luz da instituição de ensino a partir desta segunda-feira (15). A celeuma com a concessionária Energisa se arrasta há meses.
Recentemente, a assessoria de comunicação da UFMT informou que as contas em atraso já haviam sido negociadas com a Energisa. No entanto, não soube especificar o valor dos débitos e nem as condições do parcelamento.
Nesta segunda-feira (15), informações veiculadas em vários grupos de WhastApp, apontavam que hoje a instituição corria um risco enorme de ter sua luz cortada. A reportagem entrou em contato com a Reitoria, na coordenação de comunicação, e foi informada que as negociações com a Energisa seguem em andamento.
“A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi notificada sobre as pendências em sua conta de energia elétrica e ainda segue em negociações com a Energisa. Após o encerramento das tratativas com a empresa, a Universidade divulgará os valores envolvidos”, disse a Ascom.
Na notificação, a Energisa afirma: “(...) Não havendo o pagamento das faturas de energia elétrica vencidas, consoante planilha anexada, será suspenso o fornecimento de energia elétrica das respectivas unidades consumidoras a partir do dia 15 de julho de 2019, a partir das 7 horas e 30 minutos (...)”.
A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Myrian Thereza Serra, tem afirmado sistematicamente que o bloqueio, na ordem de R$ 34 milhões do orçamento anual impactaria diretamente no funcionamento da UFMT.
O temor era de que o corte de energia fosse consequência do bloqueio de recursos anunciado pelo Governo Federal recentemente. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou o contingenciamento de 30% dos repasses para a Educação.
Segundo Myriam, a UFMT pode ter dificuldades para pagar luz, água e outros custeios básicos. Sem o corte, a UFMT previa um orçamento anual de R$ 1 bilhão.