O deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) apresentou Requerimento de n.º 493/2021 às secretarias da Casa Civil e adjunta de Comunicação do governo de Mato Grosso, na quarta-feira (16), em sessão plenária da Assembleia Legislativa, com o intuito de obter esclarecimentos de procedimentos licitatórios para a contratação de agências de publicidade. A reivindicação é devido à perseguição política sofrida pelo jornalista Alexandre Aprá, que realizou graves denúncias de irregularidades por parte da gestão do Poder Executivo.
“São denúncias muito graves que a mídia de Mato Grosso divulgou, onde o jornalista Alexandre acusa o governador e a primeira-dama do Estado de ter contratado um detetive particular para persegui-lo. Na linguagem policial que a gente fala, montar uma casinha para esse jornalista, para uma possível prisão em flagrante. Temos vídeos circulando na imprensa onde esse detetive coloca um rastreador no carro do profissional”, explana o parlamentar
Irregularidades
Ele frisa que Alexandre, diretor do site Isto é Notícia, denunciava neste veículo de comunicação, as possíveis irregularidades com a contratação de empresas de publicidade e favorecimentos com dispensas de licitações. “Esse requerimento que apresentei, um dos questionamentos é sobre a empresa ZF Comunicação. Precisamos saber se há contrato, em qual modalidade, tipo de licitação e se houve dispensa. Em caso positivo, temos que saber o motivo. Uma informação que obtive é que parece que o proprietário deu um anel de brilhantes para a primeira dama, sendo que é prestador de serviço do governo desde 2019”, explicou Claudinei.
No requerimento, o deputado também indaga sobre quantas propostas foram apresentadas e classificadas, como os respetivos valores ofertados. Outros questionamentos são sobre os orçamentos executados e previstos com publicidade, entre os anos de 2019 a 2022, e quais os veículos de comunicação beneficiados com contratos pela atual gestão.
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Em relação à denúncia do jornalista, Claudinei avalia que provavelmente esse procedimento deverá ser remetido à Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC). Só que ficou preocupado da investigação ter interferências políticas por parte da gestão pública. “Indo para a Polícia Civil, será que não teremos mais interferências políticas em cima do delegado responsável por essa investigação? Ontem, tivemos reunião da Comissão de Segurança da Assembleia, com três delegados de polícia, onde dois deles foram afastados da Defaz [Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública], em 2019, porque uma das investigações envolvia o governo do estado. Isso evidencia a pressão política sobre a instituição policial”, salientou.