A Assembleia Legislativa de Mato Grosso realiza, na sexta-feira (19), a partir das 9h, uma sessão especial para comemorar os 18 anos da Parada da Diversidade Sexual de Mato Grosso. A sessão foi requerida pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), atendendo a pedido da organização da parada. Na ocasião, serão entregues moções de aplausos a 44 pessoas que se dedicam à causa LGBTQIA+ em Mato Grosso. A Parada da Diversidade 2021 será no dia 4 de dezembro.
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Na sessão, haverá apresentações culturais e uma homenagem a Julya Madsan, drag queen e militante pelos direitos da população negra e da população LGBTQIA+, assassinada em Juína (745 km de Cuiabá) na semana passada. Entre os ativistas e membros da comissão organizadora da parada que vão participar da solenidade, estão Daniella Veyga, Clóvis Arantes, Josiane Marconi, Valdomiro Arruda, Daniel Vitor, Luciene Neves, além da rainha da Parada da Diversidade 2021, Thaís Brazil.
Também haverá manifestação de apoio à criação do Conselho Estadual LGBTQIA+, que tramita na Assembleia. O Projeto de Lei 862/2021 foi enviado pelo governo de Mato Grosso em 29 de setembro, atendendo a indicação feita por Lúdio Cabral, a pedido dos movimentos que lutam pelos direitos da população LGBT. O projeto chegou a ser retirado pelo líder do governo mas, depois da repercussão negativa, foi desarquivado e voltou a tramitar.
Na quarta-feira passada (10), diante da mobilização dos militantes LGBTQIA+ que assistiam à sessão, o plenário da Assembleia aprovou a dispensa de pauta requerida por Lúdio, para que o projeto tramite mais rapidamente. Porém, a Comissão de Direitos Humanos convocou a Secretaria de Assistência Social para prestar esclarecimentos sobre o projeto, adiando mais uma vez a votação. A convocação está prevista para a próxima segunda-feira (22), a partir das 10h30. O projeto precisa passar também pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por duas votações em plenário.
“Espero que essa convocação não seja uma medida protelatória para evitar a votação do conselho, que já está sendo debatido há anos. O conselho é um instrumento para assegurar a realização de políticas públicas para as pessoas LGBTQIA+. As pessoas que criticam a criação do conselho têm uma visão estreita e limitada do que é política pública”, afirmou Lúdio.