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POLÍTICA Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 09:14 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 09h:14 - A | A

GREVE DOS PROFESSORES

Sindicalista chama TJ de "porco" e acusa Governo de "comprar liminar"

Folha Max

Uma representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) não poupou adjetivos ao Poder Judiciário ao comentar a decisão da desembargadora Maria Erotides Kneip, que na última terça-feira (30) declarou a greve abusiva e deu prazo de 72 horas para a categoria retornar as salas de aula. As declarações ocorreram em um áudio de WhatsApp.

Segundo ela, a decisão já era esperada e “até demorou” para o Governo recorrer à Justiça e obter algo favorável. “Na verdade era esperado. A gente até achou que demorou muito para recorrer ao Judiciário porco, né, para comprar uma liminar contra nossa greve", disse.

Para ela, isso está demonstrado desde o início da greve, quando ocorreram tentativas de conciliação entre grevistas e Executivo. “Os desembargadores e os juízes não estão com a gente. Eles estão com o Governo, isto está claro. Todo mundo está vendo isso, só não vê quem não quer”

Segundo a sindicalista, historicamente o Poder Judiciário concede decisões favoráveis ao Executivo, em detrimento às manifestações dos servidores públicos. “Inclusive, na rede municipal, tivemos na última greve uma ação judicial dizendo que nossa greve era abusiva, com um mandado de prisão contra presidente do Sintep. E na verdade a gente continuou até onde precisou continuar”, afirmou.

A sindicalista ainda “desdenhou” das multas impostas pelo Judiciário à categoria, alegando que em outras greves elas “nunca foram pagas”. “Aí, recorre. Isso vai protelando, termina a greve e passa anos e anos e a gente nunca paga multa, nunca paga nada, porque o trem caduca lá.

Por fim, informou que o sindicato irá recorrer e a greve continua, assim como as mobilizações. “Pelo menos até esperar se o Governo vai mesmo manter o que ele falou, fazer essa reunião e apresentar alguma proposta”.

GREVE

Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 27 de maio. Eles cobram o cumprimento da Lei 510/2013, que prevê a dobra do poder de compra da categoria até o ano de 2023. Para este ano, o reajuste é de 7,69%.

O Governo do Estado, desde o início, alega que não pode conceder o reajuste em virtude das dificuldades financeiras e do "estouro" de gastos com pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, após a aprovação da reintituição dos incentivos fiscais - que pode incrementar a receita estadual em até R$ 1 bilhão - na última semana, admitiu que fará uma proposta nos próximos dias. A expectativa, porém, é de que aumentos salariais ocorram apenas em 2020.

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