O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou nesta segunda-feira (2) uma nova medida para conter a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nos primeiros dias da semana. A partir de agora, pacientes classificados como verde ou azul, ou seja, casos não urgentes, não receberão mais atestados médicos nas unidades.
Segundo o prefeito, a intenção é combater o que ele chama de "cultura do atestado", na qual muitas pessoas procuram as UPAs às segundas e terças-feiras apenas para justificar faltas no trabalho.
“A maioria dos casos de classificação verde nem vai passar por avaliação médica. Já na triagem, a pessoa receberá o encaminhamento adequado. E se não apresentar sintomas ou necessidade real de atendimento, não receberá atestado, apenas uma comprovação de que esteve na UPA”, explicou o prefeito.
A prefeitura também vai reforçar o atendimento nas segundas, terças e quartas-feiras com três médicos triagistas por unidade, justamente para agilizar esse processo e evitar que casos leves sobrecarreguem o sistema.
No domingo (1º), o prefeito publicou em suas redes sociais imagens das quatro UPAs de Cuiabá e da Policlínica do bairro Pedra 90, todas praticamente vazias. Ele ressaltou que esse cenário geralmente muda na segunda-feira, quando aumenta a procura por atestados.
“Quem vai à UPA só para conseguir atestado está perdendo tempo. Vamos enfrentar esse comportamento com firmeza”, declarou.
Desde o início de maio, Abílio tem abordando o tema com frequência e, agora, orientou os médicos a registrem claramente nos prontuários se o paciente procurou atendimento sem sintomas ou apenas com a intenção de conseguir atestado.
Por fim, o prefeito recomendou que os empregadores se orientem junto ao Ministério do Trabalho sobre como lidar com os registros de presença nas UPAs que não forem acompanhados de atestado médico.
“É importante que os patrões saibam que esse tipo de documento não deve ser usado para justificar ausência no trabalho”, completou