Em Tribuna Livre, nesta terça-feira (29), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) cobrou do município a contratação e capacitação de profissionais para auxiliar na educação inclusiva de crianças autistas e com deficiência.
A preocupação deve-se à ausência destes alunos nas escolas da rede municipal, por falta de profissionais para atender a demanda.
De acordo com a vereadora, o início do ano letivo de 2023 destes alunos não pode ser comprometido pelo mesmo motivo.
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“Essas crianças têm o direito de aprender.
Estamos debatendo este tema agora, porque precisamos que no ano letivo de 2023 funcione.
Muitos alunos foram privados de estudar e estamos lutando para que no ano que vem estas crianças tenham seus direitos garantidos”.
Segundo a presidente da Associação dos Amigos dos Autistas, Neurodiversos e da pessoa com doença rara de Mato Grosso (Amand), Helena Glaziela, mais de 30 ações civis públicas sobre crianças autistas que estavam fora da sala de aula por falta de profissionais foram judicializadas no Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
Helena é mãe de duas meninas autistas e faz um trabalho de acolhimento e direcionamento das famílias atípicas em Mato Grosso. “A nossa maior dificuldade é que o poder público entenda que estas crianças têm direito a 200 dias de ano letivo, como todas as outras. A educação tem que estar preparada para recebê-los desde o primeiro dia de aula, com transporte escolar, cuidadores, assistentes pedagógicos para mediação da aprendizagem – uma equipe preparada, pois as crianças passam por uma avaliação que dura meses. Este ano muitas delas iniciaram as aulas apenas em agosto”, relatou a presidente.
