29 de Abril de 2025

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SAÚDE Sexta-feira, 28 de Outubro de 2022, 08:40 - A | A

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Especial Dia do Servidor Público: Há 22 anos, enfermeira se dedica à missão de facilitar o acesso à saúde preventiva

Redação

Em campo coletando dados para o mapeamento territorial que definirá as microáreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde, a enfermeira Cleide Conceição da Silva,  dedica boa parte do seu trabalho. E foi nessa maratona diária que ela se encontrou fazendo o que mais gosta, que é levar informações e facilitar o acesso à saúde preventiva para pessoas que se encontram desassistidas porque não sabem onde ou como procurar atendimento.

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Cleide está há 22 anos atuando na área da saúde, impulsionada por uma grande amiga e também enfermeira Miriam Pinheiro, que perdeu a vida pela Covid 19, em março de 2021, prova de que o legado foi deixado.

Quando convidada à época, pela secretária adjunta de Atenção Primária da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Mirian Pinheiro para fazer o mapeamento, a enfermeira viu a possibilidade de melhorar a condição de vida de muitas pessoas. “Quando ninguém queria enfrentar esse sol forte e poeira de Cuiabá, a Miriam me convidou, e eu, juntamente com a Sueney Borges Infantino, encarei o desafio. O mapeamento vai dar novos rumos para a saúde no município, porque o objetivo é delimitar a área de abrangência da Unidade de Saúde para que nenhum morador fique descoberto. Eles serão assistidos pela unidade, com um agente de saúde visitando as moradias, conhecendo as necessidades e encaminhando se for necessário. Isso fortalece os vínculos e os gestores também terão o mapa das especificidades para ser atendidas. Não tenho dúvidas que será um marco para implantação de melhorias”, frisou Cleide.

De passo em passo a enfermeira, especializada em Gestão da Saúde, vai percorrendo as ruas dos bairros de Cuiabá, na esperança de proporcionar uma vida melhor para a população.

“Tenho serviços prestados no setor privado e nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, com atendimentos de pacientes em situações difíceis com tuberculose, hanseníase. Vivenciei situações gritantes em setores de urgência e emergência. Mas o que mais me preocupa e tem me motivado na saúde ao longo desses anos é a necessidade de informação que as pessoas têm. Muitas não sabem por onde começar, não sabem onde e nem como fazer para buscar uma unidade de atendimento. A maior dificuldade é a pobreza, o social da pessoa. Aí a gente se pergunta, como falar de saúde quando quase metade do problema é a fome?. Falar em comer mais frutas, se elas não têm o básico. Essa condição social pesa muito para mim, para os profissionais que estão no atendimento básico”, revelou a profissional.

Cleide sabe bem o que é enfrentar dificuldade, e por isso, se dedica em ser útil ao próximo. De família cuiabana, e tendo a mãe como aliada e incentivadora, conseguiu reverter sua realidade e criar os filhos, hoje com 14 e 12 anos, Ana Julia e Carlos Eduardo, respectivamente.

“Há 5 anos perdi minha mãe, e meu chão parece ter ido junto. Ela me ajudou muito, foi meu alicerce, meu incentivo. Justamente quando estou colhendo os frutos, agora com uma condição melhor não a tenho mais. Também não tenho a companheira Miriam, minha inspiração para a enfermagem, que acreditou e me incentivou na trajetória da saúde. E assim, a vida nos presenteia com flores, e entre elas, os espinhos, mas nosso papel é continuar o plantio. Nosso diferencial está em contribuir para que as boas ações cheguem ao maior número de cidadãos, e que assim, eu possa ser sempre um instrumento de ajuda”, resumiu.

Como profissional Cleide está sempre pronta a contribuir, ajudar, o outro. Trabalhar no pronto atendimento, levar orientações e ministrar palestrassão tarefas que ela “tira de letra”, como diriam as pessoas mais vividas. Nos momentos de descanso, seu prazer é curtir a natureza, passeios curtos e ouvir música, além de se dedicar aos filhos. 

Quando perguntada sobre o segredo da profissão, em meio a tantos desafios da área da saúde, a enfermeira declarou sua paixão. “Fazer com amor. Sou apaixonada pelo que faço. Estar onde estou atuando com as pessoas e apontando um horizonte, um ponto de esperança para as suas necessidades é uma oportunidade de fazer algo pelo outro. E assim vamos evoluindo”.

Vale ressaltar que o trabalho do mapeamento é atribuição da equipe e que o enfermeiro é o  responsável por treinar e acompanhar os Agentes Comunitário de Saúde (ACS) em campo para posterior tomada de decisão sobre o território delimitando área de abrangência e suas respectivas microáreas.

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