13 de Dezembro de 2024

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SAÚDE Segunda-feira, 29 de Novembro de 2021, 09:52 - A | A

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SAÚDE COMPROMETIDA

Preconceito ainda é tabu para combate ao câncer de próstata

Além da desinformação e demora no diagnóstico, o preconceito da quanto à consulta são os fatores que contribuem para o combate à doença

Regina Botelho Da Redação

O câncer de próstata é mais comum entre os homens em Mato Grosso. Segundo Instituto Nacional de Câncer (Inca), só em Cuiabá, ele está presente em 40,20% das neoplasias previstas para até 2022.

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A taxa de incidência da doença, no mesmo período, representa 34,47% dos casos totais de câncer no estado.

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde mostram que de janeiro a outubro de 2021, 150 homens foram diagnosticados com câncer de próstata, do pênis e da mama em Mato Grosso. Entre os tipos de tumores malignos, o da próstata é o que mais mata homens, seguido dos tumores na boca, pulmão, estômago e pênis. Um a cada oito homens pode ter câncer de próstata durante sua vida.

Apesar disso, o preconceito ainda é o grande vilão dos homens no combate ao câncer de próstata. Quem resiste ao exame preventivo reduz as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, prejudica o processo de cura. Quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores são as possibilidades de vencê-la.

Segundo o urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em Mato Grosso, Newton Tafuri, se descoberto cedo, o câncer de próstata apresenta 90% de chances de cura. No entanto, para que isso seja possível, há um grande desafio: vencer o preconceito e permitir diagnósticos em fases iniciais da doença.

“A maioria dos homens evita procurar o médico por temer o exame de toque retal, que, além do câncer, é importante para diagnosticar outros problemas anorretais e da próstata”, observa.

Segundo estimativa do Inca, para cada ano do triênio 2020-2022, ocorrerão 625 mil casos totais de câncer no Brasil, sendo que o câncer de próstata representa 29,2% do total de casos em homens.

Em Mato Grosso, somente neste ano, foram registrados 138 casos de câncer de próstata, enquanto os cânceres de pênis e de mama aparecem com 9 e 3 casos, respectivamente.

O câncer de próstata é mais frequente na terceira idade, já que 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, está a genética e o estilo de vida.

Fatores de risco

O especialista diz que entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da enfermidade estão o histórico familiar, obesidade e hábitos alimentares não saudáveis. “Homens da raça negra também apresentam chance aumentada de desenvolver a doença. Esse tipo de câncer geralmente apresenta evolução lenta, portanto, é essencial estar atento a sinais e sempre fazer exames preventivos. O diagnóstico precoce pode ser a chave para um tratamento de sucesso”.

Sintomas

O câncer de próstata, geralmente, evolui lentamente, sendo assim, os sintomas são percebidos quando a doença já está em estágio avançado, dificultando o tratamento. “Os principais sintomas desse tipo de câncer são a diminuição do jato de urina e aumento na frequência urinária. Também podem ocorrer dificuldade ao urinar e sangue na urina”.

Diagnóstico

Para diagnosticar o câncer de próstata, é fundamental a realização do exame de toque e o de sangue, que é conhecido como PSA (Antígeno Prostático Específico). Esses dois exames, apesar de sua importância, não podem ser usados de maneira isolada para afirmar com precisão a ausência ou suspeita de câncer.

Em caso de alteração nesses exames, pode-se solicitar uma biópsia para a confirmação da presença do tumor e exames de imagem para verificar se outras áreas foram atingidas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), recomenda-se que, a partir dos 50 anos, o urologista seja procurado anualmente para a realização dos exames.

Pacientes que compõem os grupos de risco aumentado , devem procurar o médico a partir dos 45 anos de idade. Estima-se que homens com parentes próximos que tiveram esse tipo de câncer antes dos 60 anos possuam, em média, 3 a 10 vezes mais riscos de desenvolver a doença.

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