Por vergonha e constrangimento, muitos homens que sofrem de disfunção erétil deixam de conhecer os diferentes procedimentos para recuperar uma vida sexual saudável, a exemplo da prótese peniana, também conhecida como implante peniano. A técnica, que atinge 90% de satisfação do paciente, é considerada um tratamento definitivo contra a impotência sexual, doença que afeta até 45-50 % dos homens, dependendo da faixa etária. Quem esclarece é o urologista Newton Tafuri, referência no assunto em Mato Grosso.
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“Este é um problema que tem grande impacto na vida sexual do homem e na autoestima e também pela frustração de casais”, observa Dr. Newton Tafuri, que é presidente da seccional de Mato Grosso da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
O tratamento da doença depende diretamente da sua gravidade, podendo envolver tratamento psicológico nos casos mais leves, mudança de hábitos de vida e nos casos mais graves, o uso de medicamentos orais e injetáveis .
“Mas, os medicamentos nem sempre têm o efeito desejado ou contam com contra-indicações que impossibilitam essa terapia. Nessas situações, recomenda-se a prótese peniana”, ressalta Dr. Newton Tafuri, informando que essa técnica também pode beneficiar os pacientes que sofreram efeitos indesejáveis decorrentes da cirurgia de remoção da próstata , acometida por câncer.
A prótese peniana foi pensada em 1952 e foi evoluindo, até que, em 1973, surgiu o modelo que é utilizado hoje. Desde então, algumas mudanças ocorreram para proporcionar mais conforto e permitir que o paciente tenha uma vida normal.
“Trata-se de um tratamento definitivo para o problema de ereção, e que atualmente é uma opção muito utilizada naqueles homens que sofreram disfunção erétil após o tratamento cirúrgico ou radioterápico de câncer de próstata, além de pacientes diabéticos que em grande percentual sofrem com disfunção erétil grave”, exemplifica o médico.
A técnica consiste em introduzir um dispositivo, por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, nos canais que são responsáveis pela ereção com o objetivo principal de combater a disfunção erétil.
Tipos de prótese peniana
Existem, basicamente, dois tipos de prótese peniana e o paciente, com a ajuda do seu médico, poderá escolher a que mais combina com o seu estilo de vida. Ambas envolvem a realização de cirurgia.
Uma delas é a prótese peniana semirrígida, também chamada de maleável e consiste em duas hastes de metal revestidas de silicone que são colocadas dentro do pênis, nas câmaras de ereção. Com este modelo, o pênis fica em um estado de ereção de forma permanente, por isso, pode trazer certo desconforto para o paciente.
A outra opção é a prótese peniana inflável. Esse tipo é composto de cilindros de silicone que ficam na estrutura do pênis e também na bolsa escrotal, e armazenam soro fisiológico.
Para ter uma ereção, o paciente aciona um pequeno dispositivo de forma manual que faz com que o líquido vá para pênis, o deixando ereto. Após a atividade sexual, é preciso fazer o acionamento novamente para que o órgão volte ao seu estado flácido.
Ou seja, nesse implante, o homem consegue controlar a rigidez, o que o dá mais liberdade para fazer suas atividades diárias e não traz nenhum desconforto. Além disso, outro diferencial é a naturalidade da ereção. Juntos, paciente e médico definem qual a melhor opção a ser usada.
Novas tecnologias surgem a cada ano , sendo uma das novidades mais atuais , um modelo de prótese maleável com diferentes texturas de silicone, sem a haste metálica, permitindo uma maior sensibilidade e facilidade no manejo, pelo homem .
"É importante frisar que a impotência sexual é uma doença e, portanto, não existe motivo para os homens não procurarem tratamento”, completa Dr. Newton Tafuri .