15 de Maio de 2025

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VARIEDADES Quinta-feira, 29 de Agosto de 2019, 11:25 - A | A

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DERMATOLOGIA E TERAPIA

Com equipe multidisciplinar, clínica alia saúde e estética para tratar problemas dos cabelos

Olhar Direto

Por muito tempo, a estética esteve em primeiro lugar na cabeça de brasileiros e brasileiras. Sem pensar nas consequências, mulheres e homens abusaram das tinturas, alisamentos com formol e tratamentos químicos - que levou o case brasileiro a ser destaque em congressos de beleza pelo mundo. Mas a conta veio, e o número de pessoas com doenças do couro cabeludo e/ou capilares aumentou, trazendo como consequência, muitas vezes, até mesmo a queda dos cabelos. Atualmente, em Cuiabá, o ‘Espaço Sullege Suzuki’ se atentou ao problema, e decidiu criar um ‘Centro de Tratamento Capilar’, onde uma equipe multidisciplinar atende os pacientes para cuidar da saúde e, ao mesmo tempo, da beleza.

“Os tratamentos capilares não são novidade. Eles já são muito antigos, a dermatologia já tem uma especialidade só disso há muitos anos. Mas até então, a especialidade de queda capilar era de cunho médico. Nós tratávamos a doença do couro cabeludo. Com a evolução das coisas, o paciente vem buscar mais”, explica a dermatologista Sullege Suzuki, proprietária da clínica.

Atualmente, o espaço já possui, além da dermatologista, endocrinologista, enfermeira, terapeuta capilar, psiquiatra e ginecologista. Em breve, será lançado o espaço do Centro de Tratamento, onde ficarão unidos desde os tratamentos médicos até os estéticos. A previsão de inauguração é para o próximo mês.



Com a equipe multidisciplinar, o tratamento pode ser feito encontrando a ‘raiz’ do problema. O paciente, assim que chega à clínica, é atendido por uma das médicas. Isso porque a queda capilar pode indicar problemas mais graves. “A gente descobre, pela queda capilar, às vezes, que o paciente tem um câncer; que o paciente tem uma diabetes de grau grave; que o paciente não está tomando o medicamento corretamente, que ele está deprimido...”, explica Sullege.

Caso haja um diagnóstico como este, o paciente é encaminhado para o médico especialista. Por outro lado, se algo mais grave for descartado, ele segue o protocolo de tratamento determinado pela dermatologista. “[O paciente] quer resultado, quer uma melhora da queda, mas não quer o cabelo feio. Porque existe a fama de que os medicamentos de queda capilar deixam o cabelo ‘virar uma palha’, que a tintura vai embora, que o loiro vai ficar verde”. Tudo isso, garante Sullege, é evitado quando o trabalho é feito com esta equipe.



Para tratar o couro cabeludo, por exemplo, ela pode usar tecnologias de higienização local com produtos adequados, medicamentos tópicos para dermatites e psoríase grave, lasers, medicações de oxigenação, vacuoterapia, óleos essenciais, terapias regenerativas, dentre outros tratamentos, feitos em consultório.

Tratamento com infiltração de medicamento no couro cabeludo (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

“E aí vem outra necessidade do mercado, que é o tratamento da fibra. Nós trouxemos, então, um cabeleireiro especializado em terapia capilar. Porque eu não posso ter um profissional que tem uma visão de salão. Isso aqui não é concorrência de salão de beleza”, garante.  Atualmente, o profissional que trabalha em parceria com Sullege é Jobson Borges de Souza.

“O cabeleireiro na minha clínica entra pra tratar fibra, e ele tem que ser uma especialização nisso. Ele tem que ter uma formação de terapia, uma formação de produtos naturais, o mínimo de conhecimento de algumas doenças... nós temos aulas mensais sobre o assunto, frequentamos congressos juntos, eu mando equipe pra fora, fico em clínicas que já tem esse pensamento... eles têm que estar atualizados”, afirma a médica.

Apesar da preocupação latente com a estética, segundo Sullege, o foco do tratamento – que demora cerca de três meses para dar resultado – é na saúde. “Aqui eu me preocupo com a estética, por isso eu montei uma equipe gigante, para você sair o mais belo possível. Mas se a sua saúde pedir que você fique sem os cabelos [postiços], eu vou fazer de tudo pra você ficar sem os cabelos postiços”.

Muitas vezes o paciente tem que entender que, para melhorar a saúde capilar no futuro, o caminho pode ser um pouco árduo. “Eu tenho muitos pacientes que falam: ‘Sullege, eu não tiro o meu megahair nunca’. E eu respondo: ‘Então eu não te trato’. Os pacientes que perdem os cabelos e estão carecas ou com pouco cabelo, vão colocar o megahair para esconder o problema, mas só piora, porque você não vê a evolução e há um peso no mega. Imagine um fio fraco segurando um peso gigante, e ainda um couro cabeludo doente?”, lamenta.

O mesmo caso acontece com outros procedimentos estéticos. A dermatologista explica que após o tratamento multidisciplinar, quando os cabelos e o couro cabeludo estão curados, a pessoa pode voltar à sua rotina normal de salão de beleza. No entanto, existem práticas que não são saudáveis.

“Muitas vezes o paciente não pode mais entrar numa rotina de alisamento, de tinturas convencionais, porque coça, dá dermatite, abre com lesões no couro cabeludo, o cabelo cai depois da tintura... e as indústrias também se atentaram a isso e criaram tinturas mais orgânicas, menos químicas, o formol caiu de moda...”. Procurando, há sempre mais opções.

Serviço

Espaço Sullege Suzuki
Endereço: Rua João Bento, 170 - Quilombo, Cuiabá
Telefone: (65) 3023-3706

 

 

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