O jornalismo da Globo nunca esteve tão movimentado. Ora por questões envolvendo enxugamento de custos e redução salarial da equipe, ora pelo assédio de CNN Brasil e Record a alguns nomes.
Só neste 2019 a lista dos que pediram o boné, ou foram mandados para casa, engloba grifes do naipe de Maurício Kubrusly, Fernando Rocha, Mariana Ferrão, André Azeredo, Cris Dias, Ivan Moré, Mauro Naves, Márcio Canuto, Phelipe Siani e Mari Palma.
Isso sem falar nos casos de Marcos Uchôa e Tino Marcos, referências do jornalismo esportivo que pediram licença não remunerada até janeiro de 2020, tornando público o descontentamento que envolve a área.
Mas, agora, essa lista ganhou mais um integrante. O RD1 apurou que o repórter Victor Bonini, um dos bons nomes da nova geração, pediu demissão nesta semana. O talentoso jornalista permanece na casa até o próximo dia 31 de julho.
A decisão pegou muita gente de surpresa. Bonini presta serviço, com merecido destaque, nos jornais locais de São Paulo – “Bom Dia SP”, “SP1” e “SP2”. E também dá as caras nos de rede, como o “Jornal da Globo”.
Não há, data hoje, qualquer negociação com a concorrência, mas não é algo para se descartar, dadas as qualidades de Victor.
A propósito, Victor Bonini anda envolvido com a literatura e a dramaturgia. O livro dele, “Quando Ela Desaparecer”, lançado em fevereiro passado, vai virar série de TV via a produtora Clube Filmes.
Mais cortes
O RD1 também apurou que a saída de Victor Bonini não será a única dos próximos dias. A chefia do jornalismo da Globo São Paulo pretende promover pelo menos mais dois cortes em breve. Há também outros nomes que estão em vias de pedir demissão.
Além disso, duas famosas repórteres da praça, medalhões, daquelas que batem ponto nos jornais de rede, como “Jornal Hoje” e “Jornal Nacional”, disputam uma vaga. Isto é, uma será mantida e a outra será dispensada.