A creche Lar Menino Jesus e o posto de saúde, que ficam na Comunidade de Varginha, em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, estão funcionando em locais improvisados, por falta de reforma e conclusão de obra nos prédios das unidades de educação e saúde. As crianças da creche foram levadas para uma sala que não tem ventilador e a porta dá acesso direto à rua. Já o posto de saúde está funcionando em uma casa e os pacientes aguardam atendimento na varanda.
A Prefeitura de Santo Antônio do Leverger alega que tem uma lista de instituições de ensino precisando de reparos e que falta dinheiro para atender todas as demandas. No entanto, a prefeitura afirmou que a creche de Varginha está no cronograma e a reforma deve ser concluída.
“Daqui a 20 dias vai começar a chegar o material para a reforma. Para essa semana, vamos melhorar a climatização, fazer uma divisa onde está a cozinha e a sala de aula e fazer uma cerca para dar proteção às crianças”, afirmou o secretário de Educação, Pedro Ribeiro Filho.
Em relação ao posto de saúde, a assessoria do município informou que o atraso na conclusão da obra foi por causa de uma chuva e que a previsão é entregar a obra no mês de julho.
A creche atende crianças de 2 a 5 anos e foi fechada em dezembro do ano passado para uma reforma, mas a obra não foi feita no local.
“Deu uma chuva aqui na região e alagou a escola. Na época o secretário de Educação disse que teria uma reforma geral na escola, mas só consertou uma viga que tinha caído, e a gente continua esperando pela reforma”, disse a agente penitenciária Emanuely da Silva Cristina Pinheiro.
Posto de saúde funciona em casa alugada — Foto: TVCA/ Reprodução
A creche foi transferida para lanchonete, igreja e posto de saúde.
“As crianças estão sofrendo com o calor, porque não tem ventilador”, disse a mãe de um aluno, Luana Silva Moreira.
Outro problema enfrentado pelos alunos é a falta de transporte para os levarem à escola.
“O transporte passou apenas um dia na porta de casa e não passou mais. Falaram que estavam arrumando o ônibus”, contou a dona de casa Josélia Silva.
O secretário de Educação afirmou que a frota é antiga e o município precisa de mais ônibus. Ele afirma que a verba repassada pelo estado é muito pequena e eles não estão conseguindo atender a demanda.
“Já procuramos a secretária de estado e já tentamos marcar uma audiência três vezes, mas ainda não fomos recebidos por ninguém”, ressaltou.
A Secretaria Estadual de Educação (SES) disse que o repasse para o transporte escolar do município está em dia e que já foi repassado ao município o valor total de R$ 4,3 mil referentes a três parcelas dos meses de março, abril e maio. Ao todo, está previsto o repasse total para o transporte escolar no valor de R$ 1,3 milhão, divididos em 10 parcelas.
Posto de saúde
O posto de saúde da comunidade funciona em uma casa alugada pela prefeitura e atende, em média, 20 pessoas por dia. Os pacientes aguardam em uma varanda da casa para serem atendidos.
A prefeitura iniciou uma obra em um prédio na comunidade para funcionar a unidade de saúde. A obra deveria ter sido entregue no ano passado, mas até agora não foi concluída.
“Cada vez que a gente cobra eles reformam um pouco mais, mas não nunca terminam. Já foi gasto mais de R$ 500 mil e não vemos nada disso”, ressaltou o presidente da comunidade, Mario Eugênio de Amorim.