11 de Setembro de 2024

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POLICIA Quinta-feira, 03 de Outubro de 2019, 13:08 - A | A

Quinta-feira, 03 de Outubro de 2019, 13h:08 - A | A

IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

“Minha vida foi destruída”, diz jornalista acusado de assediar colegas em Cuiabá

Circuito MT

O jornalista Leonardo Heitor Miranda Araújo, 38 anos, denunciado por cerca de 10 mulheres, nesta terça-feira (1), em Cuiabá-MT, se defendeu das acusações de assédio feitas pelo grupo na Polícia Civil. Ele é suspeito de importunação sexual e perturbação do sossego.

 



 

De acordo com os boletins de ocorrência, o suspeito criava perfis falsos em aplicativos de mensagens, com fotos de modelos e o DDD de outros estados, para enviar mensagens de cunho sexual, incluindo fotos e vídeos do pênis, para as vítimas ­– a maioria delas também jornalistas.

Ao Circuito Mato Grosso, o suspeito disse que também está sendo denunciado por estupro. Ele admitiu conversas de teor erótico com as mulheres, mas destacou que não fez tudo o que lhe foi imputado.

“Realmente tive conversas de cunho sexual com algumas mulheres e também já enviei fotos íntimas. Porém, eu pergunto antes de mandá-las, sempre respeitando a vontade de cada uma. Mas quanto a criar perfis falsos e a acusação de estupro, obviamente que não [...] Nem tudo o que estão falando é verdade”, garantiu o jornalista.

 



 

Segundo as mulheres, Leonardo dizia que conseguia o contato delas por meio de uma rede social voltada para relacionamentos; o Tinder. Porém, algumas das vítimas do assédio alegaram que nunca criaram conta no aplicativo de romance.

Elas ressaltaram que bloqueava o contato do suspeito, mas que, ainda assim, voltavam a ser perturbadas pelo rapaz, que as chamava com outro número de telefone.  

Leonardo contou que o fato gerou diversos prejuízos pessoais e profissionais, mas prometeu prestar esclarecimentos acerca dos acontecimentos à polícia.

“Minha vida foi destruída. Perdi a namorada, emprego e a casa. Tem sido muito difícil, pois as pessoas estão julgando tudo de uma forma muito dura e sem ter conhecimento do que ocorreu. Logo mais, irei até a Polícia Civil para esclarecer todas as dúvidas”.

O jornalista trabalhava como assessor de imprensa do deputado estadual Ulysses Moraes, mas foi exonerado com a repercussão negativa do fato.  

A Polícia Civil segue investigando o caso.

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